sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
-
cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

geografia físico-química

CORPO CADENTE

Daqui desta nascente
que é o princípio e o fim de tudo
o alfa e o ómega dos meus sorrisos e do meu sopro
ponto cardeal que me guia e desnorteia
rosa-dos-ventos dos meus sentidos
rosa que desabrocha quando a beijo com a boca
onde sorvo o orvalho doce da manhã que nasce

Vejo matas mansas, dunas erguidas, colinas oprimidas, vulcões em convulsão
e rios desenfreados procurando o mar na minha mão
avisto terras prometidas e rotas de sedas e especiarias
equadores e hemisférios e os paralelos do teu corpo
latitudes latentes que aguardam os meus gestos

E as estrelas eclipsando velhos mundos mortos
a via láctea deleitando-se na almofada branca
as clepsidras segurando o tempo infinito
e tu nos meus braços, encorajando o meu rosto.

Todo o céu se abre num estrondoso vacarme
e o mar desencadeado quer levar-me
sem que eu peça

Para onde tudo acaba e sempre recomeça.

José Luís Correia

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Horários laborais no comércio luxemburguês voltam "à baila": Déi Gréng defendem abolição do dia de encerramento das bombas de gasolina

O partido luxemburguês Os Verdes ("Déi Gréng") quer acabar com o dia de encerramento das bombas de gasolina.

Por lei e com algumas excepções à regra (por exemplo: as estações de serviço das auto-estradas), as bombas de gasolina devem encerrar, no mínimo, um dia por semana no Luxemburgo, o que acontece, normalmente, ao domingo.

Mas a actual situação pode vir a mudar, já que os Verdes luxemburgueses defendem que as estações de serviço deveriam estar abertas sete dias sobre sete e pediram já que este assunto fosse discutido na próxima reunião da comissão parlamentar das Classes Médias.

Porque razão as lojas não ficam abertas até mais tarde no Luxemburgo?


Adivinha-se já uma contra-ofensiva por parte dos sindicatos, que no Luxemburgo têm lutado afincadamente nos últimos anos contra todo o tipo de alargamento de horários laborais nos estabelecimentos comerciais.

Nesta luta, os sindicatos têm-se confrontado com os sindicatos do patronato, com várias uniões de comerciantes locais, com a Câmara Luxemburguesa do Comércio e até contra os pareceres e as indicações do Governo.

O executivo e os comerciantes preconizam mais flexibilidade e alargamento dos horários de abertura dos comércios no Luxemburgo, sobretudo depois das 18h e aos fins-de-semana, por forma a não deixar "fugir" o poder de compra dos residentes para as zonas comerciais que se têm vindo a instalar nas zonas fronteiriças alemã, francesa e belga, onde as lojas ficam abertas até muito mais tarde, sábados e domingos, inclusive. Têm igualmente alertado para a situação de crise económica e para essa concorrência desleal contra a qual não podem lutar.

O Governo luxemburguês lançou até uma campanha que visa promover o Grão-Ducado como "principal pólo comercial da Grande Região" (zona que inclui a Valónia, a Lorena, o Luxemburgo, a Sarre e a Renânia Palatinato), mas a realidade é que na última década o país foi sendo literalmente "cercado" por parques comerciais, grandes superfícies e zonas de outlets (lojas de fábrica com venda directa ao público) que se têm instalado e concentrado do outro lado da fronteira luxemburguesa e à qual acorrem residentes luxemburgueses e transfronteiriços, atraídos pelos horários mais compatíveis com a sua vida profissional e familiar, bem como pelos preços praticados.

Os sindicatos luxemburgueses, por seu lado, de cada vez que os horários laborais no comércio vêm "à baila" sobem o tom e denunciam o facto de o patronato querer avançar com essas "flexibilidades" em detrimento das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores.

JLC

Cidadãos ibéricos chamados a colaborar no desenvolvimento de grandes projectos científicos

Qualquer cidadão pode ajudar no desenvolvimento de grandes projectos científicos. Basta ter um computador em casa e ligá-lo a uma plataforma de computação voluntária, o Ibercivis, para que realize alguns dos cálculos da investigação.

Através do Ibercivis, uma iniciativa ibérica, o equipamento pessoal é ligado à plataforma e fica a trabalhar durante a noite, realizando cálculos, depois enviados para a central.

O Ibercivis nasceu de uma colaboração ibérica, envolvendo várias instituições científicas dos dois países, e procura o apoio dos cidadãos para desenvolver investigação em áreas tão diferentes como o tratamento da paramiloidose, conhecida como a doença dos pezinhos, a fusão nuclear ou o desenvolvimento de nanomateriais.

Numerosas escolas dos dois países vão estar envolvidas no Ibercivis através da ligação dos seus computadores, o que permitirá a alunos e professores contribuir para o avanço científico e contactar com a investigação que está a ser feita nos laboratórios nacionais e estrangeiros.

Para presidente da Ciência Viva - Agência portuguesa para a Cultura Científica e Tecnológica, Rosália Vargas, esta "é uma oportunidade de envolver o cidadão, todas as pessoas, de todas as idades e de todas as formações". E acrescentou: "Basta que tenha um computador e que queiram colocá-lo ao serviço da ciência".

Trata-se de "pôr os computadores a fazer cálculos imensos, necessários em vários projetos de investigação. É uma forma de participação que parece passiva, mas é activa", realçou a responsável.

Rosália Vargas frisou ainda que o projecto, que agora se inicia em Portugal, permite "fazer a ligação entre a comunidade científica e as escolas e entre a comunidade científica e a comunidade em geral".

A forma de aderir a este "movimento social de cidadania científica" está descrita na página na internet do projecto: www.oseucomputadorfazciencia.pt.

Neste portal é possível ver, no mapa de Portugal, rastos de luz que mostram como os computadores estão a ser activados e a passar a informação dos cálculos para os grandes computadores centrais.

O Ibercivis foi apresentado esta semana em Lisboa por responsáveis de instituições que participam no projecto, como o presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIB), Gaspar Barreira, Rui Brito, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, Fermín Serrano Sanz, da Ibercivis Communications and Outreach e Victor Castelo, do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"Nous c'est le monde" - pour Haiti (We are the World 2010)




Maestros: Quincy Jones e Lionel Richie (este último compôs, com Michael Jackson, a versão original da canção "We are the World", do projecto "USA for Africa" - United Support of Artists for Africa, em 1985).

Cantores: (pela ordem em que vão aparecendo no clip): Justin Bieber, Nicole Scherzinger (Pussycat Dolls), Jennifer Hudson, Jennifer Nettles, Josh Groban, Tony Bennett, Mary J. Blige, Michael Jackson (material vídeo da teledisco de 1985), Janet Jackson, Barbra Streisand, Miley Cyrus (aka Hannah Montana), Enrique Iglesias (filho de Julio Iglesias), Jamie Foxx, Wyclef Jean (músico de origem haitiana, ex-Fugees), Adam Levine, Pink, BeBe Winans, Usher, Celine Dion, Orianthi (à guitarra), Fergie (Black Eyed Peas), Nick Jonas (Jonas Brothers), Toni Braxton, Mary Mary, Isaac Slade, Lil Wayne, Carlos Santana (à guitarra), Akon, T-Pain; Rap: LL Cool J, Will.i.am (Black Eyed Peas), Snoop Dogg, Busta Rhymes, Swizz Beatz, Iyaz, Nipsey Hussle; e Kanye West.

Coro: Patti Austin, Philip Bailey, Fonzworth Bentley, Bizzy Bone, Ethan Bortnick, Jeff Bridges, Zac Brown, Brandy, Kristian Bush, Natalie Cole, Harry Connick Jr., Nikka Costa, Kid Cudi, Faith Evans, Melanie Fiona, Sean Garrett, Tyrese Gibson, Anthony Hamilton, Rick Hendrix, Keri Hilson, Julianne Hough, Nipsey Hussle, India Arie, Randy Jackson, Taj Jackson, Taryll Jackson, TJ Jackson (os três formavam os 3T), Al Jardine, Jimmy Jean-Louis, Ralph Johnson, Joe Jonas , Kevin Jonas, Nick Jonas (os três formam os Jonas Brothers), Rashida Jones, Gladys Knight, Benji Madden, Harlow Madden, Joel Madden, Katharine McPhee, Jason Mraz, Mýa, Freda Payne, A.R.Rahman, RedOne, Nicole Richie (filha de Lionel Richie), Raphael Saadiq, Trey Songz, Musiq Soulchild, Jordin Sparks, Thicke (aka Robin Thicke), Rob Thomas, Vince Vaughn, Verdine White, Ann Wilson e Nancy Wilson (ambas ex-Heart) e Brian Wilson (ex- Beach Boys).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Frases da Semana

Nigel Farage: "Senhor Rompuy, você tem o carisma de uma esfregona húmida"

"Disseram-nos que quando tivéssemos um presidente, veríamos uma figura gigante, um homem que seria o líder político de 500 milhões de pessoas. Lamento, mas tivemo-lo a si. (...) E desculpe, mas depois da sua prestação – não quero ser mal-educado – mas, para ser sincero,
o senhor tem o carisma de uma esfregona húmida e a aparência de um pequeno empregado de banco. (...) O senhor não tem nenhuma legitimidade para este trabalho e posso afirmar com certeza de que falo em nome da maioria dos britânicos ao dizer que não o conhecemos, que não o queremos e quanto mais cedo sair de cena melhor.”

- Nigel Farage, eurodeputado britânico pelo Partido para a Independência do Reino Unido,, dirigindo-se ao presidente do Conselho da UE, Herman Van Rompuy, depois da sua primeira intervenção diante do Parlamento Europeu (24.02.2010, Bruxelas)


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"Portugal está no mesmo caminho que a Grécia"


"(...) Não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exactamente no mesmo caminho que está a Grécia. (...) Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou."

- Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD e ex-ministra das Finanças (24.02.2010)


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"O Governo está fora da realidade"


"Aquilo que eu disse sobre a Grécia foi uma verdade, que era que nós estaríamos num caminho semelhante que, se não fosse travado, se não fosse alterado, chegaríamos exactamente ao mesmo ponto. (...) Se o Governo não entendeu nesse sentido, quer dizer que está absolutamente fora da realidade, absolutamente fora daquilo que o país necessita, e mais uma vez a não ser capaz de pedir aos portugueses os sacrifícios que lhes vão ser impostos, porque continua a não lhes passar o que é a realidade."

- idem, depois de o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, lhe ter pedido para que se retractasse pelas declarações que fez sobre a Grécia (25.02.2010)

Escritor Urbano Tavares Rodrigues acredita que futuro vai trazer "movimentos de revolta" e "uma sociedade mais igualitária"

O escritor Urbano Tavares Rodrigues defendeu recentemete que virão movimentos de revolta e surgirá uma nova sociedade mais igualitária e ecológica.

O escritor falava durante a apresentação do seu mais recente livro, "Assim se esvai a vida", que reúne além desta novela ainda os textos, "O cornetim encarnado" e "Os olhos do demónio e Outros contos".

"Assim se esvai a vida" é uma narrativa que começa antes do 25 de Abril de 1974 e se estende até à actualidade.

Tavares Rodrigues, que fez parte da resistência ao Estado Novo e foi preso por três vezes, disse acreditar que "novos tempos" surgirão em breve.

"O capitalismo neo-liberal atravessa uma crise estrutural que é uma espécie de suicídio, vai autodestruir-se e vão surgir movimentos de revolta e sociedades novas que têm de ter uma feição ecológica e uma divisão mais igualitária dos bens", vaticina o escritor.

"Vivemos problemas gravíssimos de destruição do meio ambiente, da natureza, do mundo em que vivemos".

No futuro "a divisão dos bens terá de ser equilibrada, terá de haver uma grande liberdade de expressão e de crenças religiosas, e será tendencialmente mais igualitária".

"Assim se esvai a vida"


A novela "Assim se esvai a vida" foi escrita "num impulso, apaixonadamente, quase sem pensar, num mês apenas", disse, reconhecendo "haver perigo" no convívio narrativo entre personagens ficcionais e reais.

Natália Correia, Nikias Skapinakis, Francisco Sousa Tavares são algumas personagens aludidas, tal como o próprio escritor que na "conjura da Sé" estava destinado a dirigir o jornal O Século.

"O Nikias substituiu o Vasco Gonçalves no comando da brigada de assalto. Isto é História de Portugal", sublinhou.

Outras personagens reais acabaram por se autonomizar e tornar-se ficcionais, como "é o caso de Pedro Manuel de Athaíde pensado no início como sendo o Luís de Sttau Monteiro, mas que no fim evolui de outra maneira”. Já Augusto Mozart “é claramente o Augusto Abelaira", disse.

Urbano Tavares Rodrigues reconhece "muito de autobiográfico" na personagem do escritor Felisberto Roxo, até pelos seus rompantes amorosos.

"Gosto muito de mulheres, em tudo, como namoradas, amantes, amigas, e fiz das mulheres as personagens dos meus romances e dei-lhes uma visão do mundo", disse.

"O cornetim vermelho"

"O cornetim vermelho" é claramente autobiográfico, são apontamentos do dia-a-dia, reflexões do escritor.

"É o ver o mundo para lá do meu terraço, a partir de acontecimentos a que assisti ou que me chegam através da televisão", explicou.

Tavares Rodrigues sempre registou apontamentos, reflexões e, mesmo preso sem direito a ler e escrever, arranjou forma de o fazer.

"Pedi para ler a Bíblia, já que me recusavam tudo, e o director veio ter comigo dizendo que sabia que eu não era católico, mas talvez me fizesse bem", recordou.

Conseguiu uma carga de esferográfica e escreveu em papel higiénico duro. Estes escritos fê-los "passar" quando saiu da cadeia e deram origem a três títulos, entre eles "A estrada de morrer".

Em "O cornetim vermelho", afirmou, "há algo de combativo, até pelos poemas que tem e que são vozes de combate".

"Os olhos do demónio e outros contos"

O terceiro título reúne contos, a que o autor chama "micro narrativas".

"Através de um grande poder de síntese consigo contar uma história ou definir uma personagem", explicou. "Alguns podem ser mote para um romance, não sei, a ver vamos", confiou.

Ainda longe de pensar no próximo romance, Urbano Tavares Rodrigues editará no Outono o terceiro volume das obras completas, um ensaio - "A natureza do acto criador", um livro de contos e a poesia completa.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Unesco 2010 - Ano Internacional de Aproximação entre Culturas

A Unesco apresentou a 15 de Fevereiro, em Paris, o Ano Internacional de Aproximação entre Culturas cujo objetivo é "ajudar a dissipar a confusão nascida da ignorância, o preconceito e a exclusão, geradores de tensão, insegurança, violência e conflito".

"Acredito na força das ideias", declarou a directora geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a búlgara Irina Bokova, durante a apresentação da iniciativa.

Para a responsável "o intercâmbio e o diálogo entre culturas são a melhor arma para construir a paz" e, para levar a cabo esta iniciativa, reuniu "um painel de alto nível", com personalidades do mundo da cultura, da religião, das artes e da comunicação social, de forma a "fazer ressoar internacionalmente a mensagem de paz da Unesco".

Entre essas personalidades contam-se o ex primeiro ministro da Noruega, Magne Bondevik, a jornalistas mexicana Lydia Cacho, Premio Mundial da Liberdade de Imprensa 2008, o ex-presidente do Mali e da Comissão da União Africana, Alpha Oumar Konaré, convidados a fazer recomendações para favorecer o diálogo intercultural.

Será uma "reflexão livre, sem limites", disse Irina Bokova sobre a missão do grupo.

A Unesco propôs três grandes temas: "O poder da diversidade cultural e do diálogo", "O lugar dos valores partilhados na era da globalização", e "Construir a paz".

A iniciativa da agência onusiana pretende fortalecer os vínculos entre as pessoas, as nações e as culturas à escala global, já que a ligação entre desenvolvimento e cultura "é tão forte que o primeiro não se consegue alcançar sem a segunda".

Para isso, uma das primeiras ações que vai levar a cabo passa por reforçar a educação de qualidade no mundo, o que implica o ensino das grandes civilizações estrangeiras para fomentar "o diálogo e a tolerância", acrescentou a responsável.

Como prioridades, apontou o desenvolvimento cultural do continente africano, e estabeleceu as mulheres como grupo particularmente importante para ter acesso ao conhecimento e ao poder, disse Irina Bokova, primeira mulher a liderar a Unesco.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Futuro hoje: hologramas e hidro-comunicação



A CNN fez há já mais de um ano uma pimeira experiência televisiva com um holograma





Hidrologotipos : manipulação de gotas de água sobre um têxtil hidroreplente

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Filme anónimo do You Tube distinguido com prémio de jornalismo

Um prémio de jornalismo foi atribuído hoje a um anónimo que filmou e publicou no You Tube as imagens de uma iraniana (na foto) agonizante numa rua de Teerão, depois de esta ter participado numa manifestação contra o regime em Junho de 2009.

A universidade de Long Island, no estado de Nova Iorque, atribuiu o prémio George Polk 2009 ao autor das imagens da morte de Neda Agha-Soltan (na foto), uma jovem de 26 anos que morreu na rua em Junho do ano passado, atingida a tiro durante uma manifestação contra o regime de Mahmoud Ahmadinejad.

Estas imagens deram à volta ao mundo depois de terem sido colocadas no You Tube.

Segundo o júri do Prémio George Polk, o vídeo foi visto por milhões de pessoas e "tornou-se um ícone da resistência iraniana". O júri admitiu desconhecer o autor do filme mas assegura que este "tem valor jornalístico".

Para os dinamizadores deste prémio esta distinção prova que "hoje em dia, um espectador corajoso com um telemóvel com câmara pode utilizar os sites de partilha de vídeos e as redes sociais para difundir informação”.

O vídeo foi mostrado na CNN, mas aviso as pessoas mais sensíveis de que as imagens podem chocar: ver filme aqui

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Séisme médiathique et politique au Portugal: Un reportage du journal Sol révèle que le premier-ministre a essayé de controler et museler la presse

Malgré une mesure judiciaire demandée par un des inculpés dans l'investigation judiciaire "Face oculta" (visage couvert, à propos d'affaires louches entre des enreprises privés et des organismes de l'Etat) pour que l'hebdomadaire portugais SOL ne publient plus d'extraits des écoutes dans le quadre de cette investigation, le journal invoque "le droit supérieur de la liberté d'expression et du droit à l'information" du publique et publie dans son édition d'aujourd'hui des extraits qui mettent directement en question le premier-ministre portugais José Sócrates.

Intitulé "La Pieuvre", le reportage du journal révèle un complot avec des contours internationaux (des contacts avec le groupe médiathique Prisa à Madrid et des capitaux de Londres) lancé par des proches du premier-ministre et du chef du Gouvernement lui-même au mois de juin 2009 et qui avait comme objectif l'écartement de journalistes considérés dérangeants pour le Gouvernement (comme José Eduardo Moniz, Manuela Moura Guedes et Mário Crespo), mais également le contrôle de plusieurs grands médias du Portugal: la chaîne de télévision TVI, les journaux Diário de Notícias, Correio da Manhã, Jornal de Notícias et la rádio d'information continue TSF ou bien (c'était un des autres plan, selon le Sol), le journal Expresso et la chaîne SIC.

Ceci avait pour objectif créer une "bonne presse" au Gouvernement dans les mois juste avant les éléctions législatives (27 septembre 2009).


L'édition de ce matin du journal Sol s'est vendu intégralement dans tous les coins du pays - 130.000 exemplaires - et a annoncé qu'il lancerait une deuxième édition spéciale cet après-midi, avec des ajouts sur les écoutes de l'investigation "Face Oculta": encore une fois 130.000 exemplaires.

Pendant que plusieurs magistrats regrette la violation du secret de justice par la presse, tous les partis de l'opposition ont demandé aujourd'hui des éclaircissements au Gouvernement. António Capucho (PSD, social-democrate), membre du Conseil d'Etat, considère même que "le premier-ministre n'a plus de condition pour gouverner et devrait s'effacer", et que le PS devrait demander au Président de la République de nommer un nouveau premier-ministre socialiste.

Le Gouvernement a convoqué une conférence de presse pour réfuter les accusations du reportage du journal Sol. Pedro Silva Pereira, ministre de la présidence du Gouvernement nie que quiconque écoute ces enregistrements en tirent les mêmes conclusions. Il va même plus loin et pour répondre à Capucho lance: "Je comprends qu'il y ait des personnes qui ne veuillent pas de premier-ministre ou de gouvernement socialistes au pouvoir, mais cela ce décide lors des éléctions. Il y a ds gens qui n'on pas réussi à battre le PS lors des éléctions et qui essaye aujourd'hui de le faire par d'autres moyens".

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Info AFP:


Premier ministre du Portugal suspecté de vouloir museler la presse


Les relations notoirement tendues entre le Premier ministre socialiste José Socrates et la presse au Portugal se sont encore dégradées cette semaine avec la multiplication de révélations sur des tentatives du pouvoir de museler les médias jugés hostiles.

Déjà mis à mal à l'automne dernier par le scandale qu'avait provoqué, en pleine campagne électorale, la suppression du journal télévisé de la TVI dont il avait publiquement critiqué la présentatrice, José Socrates est désormais accusé d'avoir fomenté "un plan pour contrôler les médias".

L'accusation, lancée le 5 février par l'hebdomadaire Sol et reprise depuis par plusieurs médias, s'appuie sur des rapports d'écoutes téléphoniques, enregistrées dans le cadre d'une enquête pour corruption mais classées sans suite par la justice fin novembre.

La publication, par Sol puis par le quotidien Correio da Manha, d'extraits d'écoutes et de comptes-rendus judiciaires dénonçant de "forts indices de l'existence d'un plan impliquant directement le gouvernement" a été qualifiée d'"infâmie" par José Socrates qui a mis en cause un "journalisme de trou de serrure".

L'affaire a toutefois été jugée suffisamment grave pour que le parlement s'en saisisse et convoque la semaine prochaine, dans le cadre de sa Commission d'éthique, une série d'auditions consacrées à la liberté de la presse.

De son côté, le syndicat des journalistes a appelé jeudi "à combattre la censure", rappelant avoir dénoncé depuis un an plusieurs "tentatives de conditionnement des journalistes". Le dernier d'entre eux, Mario Crespo, présentateur de la télévision privée SIC, a accusé au début du mois José Socrates de l'avoir présenté comme "un problème à régler" lors d'un déjeûner avec des membres de son gouvernement.

Selon Sol, qui publie vendredi de nouvelles révélations, le "plan" du gouvernement consistait à prendre le contrôle, via l'entreprise Portugal Telecom, de la télévision TVI, très critique du Premier ministre, et d'acquérir un des principaux groupes de presse du pays.

Le projet de rachat de TVI par Portugal Telecom, rendu public en juin 2009, avait suscité un tollé dans l'opposition avant d'être finalement abandonné, sur ordre du gouvernement "pour éviter le moindre soupçon", avait alors expliqué M. Socrates.

Jeudi, toute la journée, un véritable jeu de cache-cache avait mis aux prises la direction de l'hebdomadaire Sol et un huissier de justice, chargé de faire appliquer un référé judiciaire interdisant la publication de nouvelles écoutes à la demande d'un administrateur de Portugal Telecom, par ailleurs conseiller municipal socialiste de Lisbonne.

En vain. Sous le titre "La Pieuvre" barrant le profil de José Socrates, Sol a assuré vendredi qu'il continuerait à "exercer la mission la plus noble du journalisme: mettre en lumière ce que le pouvoir prétend camoufler", annonçant à la mi-journée le tirage d'une deuxième édition.

L'hebdomadaire a reçu le soutien unanime de la presse portugaise qui a dénoncé une "tentative de censure préalable", "une première en trente ans", selon le quotidien Publico.

Pour Joao Marcelino, directeur du Diario de Noticias, pourtant réputé proche des cercles du pouvoir, cette affaire "exige la rapide mise en place d'une commission d'enquête parlementaire".

Selon le journal, "l'après-Socrates est déjà un thème de discussion au Parti socialiste", qui a perdu sa majorité aux dernières législatives. "Plusieurs dirigeants se demandent si Socrates est encore la solution ou s'il est déjà devenu un problème", affirme Diario de Noticias.

Portugal: le syndicat des journalistes "inquiet" de la multiplication des "pressions"

e syndicat des journalistes portugais s'est dit "inquiet" jeudi face aux "pressions et tentatives de contrôle" de la presse au Portugal, après que plusieurs médias eurent dénoncé des cas de "censure" de la part du gouvernement socialiste.

Dans un communiqué, le syndicat des journalistes dit "voir avec appréhension les pressions et les tentatives de contrôle de l'exercice professionnel du journalisme" au Portugal et appelle les journalistes à "combattre la censure".

Cette déclaration du syndicat fait suite à plusieurs polémiques ayant impliqué ces derniers mois le Premier ministre José Socrates, accusé par des journalistes d'avoir obtenu leur mise à l'écart.

La plus importante affaire, liée à la suppression d'un journal de la télévision privée TVI, avait surgi en pleine campagne des législatives en septembre dernier. Le Premier ministre avait alors été accusé d'avoir obtenu la tête de la présentatrice du journal, Manuela Moura Guedes, avec laquelle il était en conflit ouvert.

La semaine dernière, un autre journaliste, Mario Crespo, présentateur sur la télévision privée SIC, avait lui aussi "dénoncé le désir exprimé par le Premier ministre de le voir éloigner", rappelle le syndicat des journalistes.

Quelques jours plus tard, l'hebdomadaire Sol avait accusé José Socrates, sur la foi d'extraits d'écoutes judiciaires, d'avoir mis en place "un plan pour contrôler les médias".

Ces écoutes, réalisées dans le cadre d'une enquête pour corruption, avaient été classées fin novembre par le ministère public qui avait alors jugé qu'elles ne contenaient "pas d'éléments probatoires qui justifient l'ouverture d'une enquête à l'encontre du Premier ministre".

Au lendemain de leur publication, José Socrates avait dénoncé une "infamie" et critiqué "un journalisme de trou de serrure, qui se base sur des écoutes téléphoniques et des conversations privées".

in Le Monde, 11.02.2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Crónica de antecipação: Uma voltinha de carro no ano 2054 - por Joseph Koch-Héa *(1)

São sete da manhã e o Sam ainda está na cama. O colchão de despertar induzido vibrou às 6h30 e uma luz ténue acendeu-se nos cantos do quarto. Dez minutos depois, Bob Marley paira sobre o seu corpo dormente, "Get up, stand up", o volume sobe, mas ele continua a resistir. "Maldito colchão inteligente", resmunga e dá meia-volta na cama. Às dez para as sete, o toque de trompete da cavalaria yankee abate-se sobre ele sem piedade. Histérico, vocifera contra o computador doméstico e ordena-lhe que anule imediatamente o programa de despertar. Amodorra-se na almofada, aninha-se, mas volvidos alguns minutos rende-se à evidência... é impossível voltar a adormecer. Sam arrasta-se então até ao duche e às apalpadelas liga o vaporizador. Desde que os racionamentos dos recursos hídricos foram impostos na Europa há 15 anos, é impossível tomar um duche com água, excepto em alguns centros termais e apenas sob receita médica.

Enquanto os seus poros se abrem, desperta finalmente. Lembra-se que hoje vai ter que testar um novo carro. Foi escolhido por uma agência de estudos de mercado para testar um novo automóvel antes de este ser comercializado e tenciona aproveitar a ocasião. Desconhece qual o modelo que deverá conduzir, mas palpita-lhe que a grande novidade automóvel deste mês de Janeiro de 2054 é o novo Lexus CS (na imagem supra) de que todos falam, um bólide de linhas incríveis e que pode atingir 410 quilómetros nas hiperauto-estradas de oito faixas, como a A6, que liga Bridel ao Kirchberg pelo túnel do Bambësch, ou a E7, entre a cidade do Luxemburgo e Maastricht via Wemperhardt. Foi graças, aliás, ao alargamento da E7 e aos eléctricos-expresso que o Luxemburgo começou a receber há uns dez anos novos transfronteiriços, vindos desta vez da Holanda. Pudera, o caminho até à capital luxemburguesa demora agora entre 30 a 45 minutos. Alguns preferem trabalhar na Tech-Valley da Nordstad, mas outros não se importam de ir até Belval para encontrar emprego. É preciso dizer que apesar de a população do Grão-Ducado ter chegado aos 800 mil habitantes, continua a necessitar de mão-de-obra qualificada estrangeira. Depois de esgotado o reservatório da Grande Região, foi preciso atrair outras forças de trabalho. A chegada dos holandeses, bem qualificados, sobretudo nos sectores das nanobiotecnologias e da finança, dominando o inglês e o alemão, foi considerada providencial.

Sam não é um passageiro dos transportes públicos por opção. Poder conduzir um meio de transporte individual é tão raro que um sorriso desenha-se em êxtase no seu rosto.

Enquanto se deixa barbear pelo sistema Gillette Lasertouch, pede ao espelho táctil para visionar a meteorologia do dia, as cinco notícias locais mais lidas e as três notícias nacionais e internacionais mais consultadas. A agência de imprensa real informa que está tudo pronto para a grande cerimónia da abdicação do grão-duque Guillaume V a favor do filho Henri II. A segundo notícia mais consultada diz respeito à marcha silenciosa dos republicanos luxemburgueses pelo boulevard Jean-Claude Juncker, no Kirchberg. A terceira headline é o início do Salão Automóvel na LuxExpo, em Cessange.

Mas Sam já nem ouve, sonha com altas velocidades e sensações fortes. Até pediu o dia de folga para o grande acontecimento. Ter carro individual é coisa de gente abastada e ele já não conduz um verdadeiro automóvel desde os 16 anos, a única vez em que pegou no carro do pai, um velho híbrido Seat Barça Llobregat. Hoje, nas cidades, as pessoas deslocam-se em eléctrico, metro e tapete urbano. Para as grandes viagens utilizam o comboio magnético ou o avião.

Sam apanha o eléctrico-expresso em Echternach, mesmo à frente da sua casa. Assim que entra na carruagem, já cheia àquela hora, a sua retina é "scaneada", o passageiro é identificado e este pode, então, anunciar o seu destino: "Helfenterbruck". O computador de bordo regista: Sam Nunes, viagem extra-urbana, bilhete 5 eurodólares. No mesmo instante, esse montante é debitado da sua conta bancária. Na carruagem, há três ou quatro pessoas a falar ao telefone por auricular e micro colado à boca, outros conversam alto entre si e um grupo de putos de capuzes enfiados nas cabeças jogam em linha uns contra os outros no ecrã das lentes interactivas dos seus óculos Ray-Ban. Parecem uma seita epiléptica, só se adivinha o que estão a fazer pelos sobressaltos do corpo e dos dedos teclando no interface da ganga das calças. Sam tenta abstrair-se e enfia também ele um auricular para escutar o concerto ao vivo de Paris K. Jackson revisitando Madredeus.

Nove minutos depois, Sam está na estação intermodal do Kirchberg e corre para apanhar a correspondência em metro para Luxembourg-ville-Ouest, acotovelando a turba, no que mais parece uma corrida de obstáculos. Ofegante, chega ao cais no preciso momento em que o metro está a sair. Retém uma injúria quando vê que se trata da linha 5-Place Luc Frieden via Glacis. Trinta segundos depois chega o seu: Bertrange-Leudelange via Gare Central. O mais impressionante daquela troço da linha 2 é a paisagem de cortar a respiração que se pode vislumbrar quando o metro se liberta do rochoso planalto do Kirchberg e atravessa a 70 metros de altura, através de uma ponte tubular transparente com 500 metros de comprimento, todo o vale do Pfaffenthal, numa diagonal vertiginosa que em dois minutos põe o passageiro na place Aldringen. Os japoneses que vão a bordo aproveitam para disparar os flashes dos seus telemóveis. Dois minutos mais tarde, o metro chega à gare central, onde a maioria dos passageiros sai. Apesar da existência de oito gares periféricas em torno da capital luxemburguesa, que servem para redistribuir os passageiros do resto do país e da Grande Região pela rede de transportes interurbana da cidade, a estação central continua a ser a que vê passar mais passageiros. Sam deixa-se ficar e três minutos depois sai mesmo em frente ao autódromo de Helfenterbruck.

Na recepção, uma loira biónica acolhe-o em cinco línguas e encaminha-o com uma dezena de outras pessoas para a pista onde os esperam uma equipa técnica. Junto ao anel da pista há cinco Lexus CS, vermelhos platinados, majestosos, brilhando ao sol sobre a relva, exactamente como os que Sam viu nas revistas online. Os técnicos bombardeiam-nos com perguntas para estabelecer o perfil-consumidor de cada participante. Finalmente, Sam e os outros são convidados a vestir uniformes de piloto. Um nervoso miudinho percorre-lhe a espinha. Os primeiros Lexus arrancam num zunir maravilhoso para os ouvidos de Sam.

Mas quando chega a sua vez, apresentam-lhe o MagmaLux, o primeiro carro geo-eléctrico fabricado por um conglomerado luxemburguês entre a Goodyear, a Genii e a Du Pont de Nemours. A desilusão é total. Sam vê-se perante uma amostra de carro, uma espécie de casca de ovo metálica e que só muito vagamente se aparenta a um veículo. Desiludido, sobe a bordo. As portas fecham-se. Só depois repara que "aquela coisa" nem volante tem. O carro arranca e uma doce voz feminina ressoa pelo habitáculo: "Bem-vindo a bordo do MagmaLux, veículo urbano de pilotagem automática. Equipado com todas as comodidades das mais modernas tecnologias induzidas e de controlo de voz, este é o veículo ideal para aqueles que detestam conduzir no tráfego denso das cidades, uma das principais causas de stress actuais. Graças ao MagmaLux, os passageiros, até um máximo de seis pessoas, podem apreciar a paisagem, relaxar nos confortáveis bancos ergonómicos reclináveis ou até trabalhar nos três computadores instalados a bordo."

Enquanto os Lexus o ultrapassam pela esquerda e pela direita na pista, Sam consegue adivinhar os sorrisos orgásticos dos que os conduzem, enquanto ele se deixa levar à estonteante velocidade de 50 km/hora.

A voz continua: "Antes da viagem, os passageiros devem dizer ao sistema de condução inteligente inteldrive qual o destino pretendido. Este calculará o itinerário mais rápido e a rota mais segura, segundo a densidade do tráfego a essa hora, de modo a evitar os desagradáveis engarrafamentos e acidentes, bem como as estradas e ruas em obras. MagmaLux conjuga a eficácia dos transportes públicos ao conforto do carro privado. Magma Lux, bem-vindo ao futuro do automóvel."

"É lindo o futuro do automóvel, é!...", exclama Sam, de si para si.

"A sua crítica foi registada. O MagmaLux agradece-lhe a sua crítica construtiva e espera mais comentários!", responde-lhe a doce voz automática.
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Advertência: Esta crónica é uma obra de ficção. Todas e quaisquer semelhanças com personagens e factos reais ou imaginários são, evidentemente, pura coincidência.

(*1) a.k.a. José Luís Correia
(*2) O Lexus CS 2054 é um carro imaginado pela Lexus para o filme "Minority Report" (2002) de Steven Spielberg
(*3) O fictício "Magma Lux" que é suposto a foto representar é na realidade o "Ultra Light Transport", um projecto de viatura com piloto automático concebida pela Universidade de Bristol em 2002


O Magma Lux que Sam foi convidado a testar (*3) Fonte: Universidade de Bristol

(in CONTACTO, 03.02.2010, pág. 13, Suplemento Festival Automóvel)