sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
-
cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

sábado, 22 de abril de 2006

Job coaching: Arranja-me um emprego!

Cerca de 50 funcionários do sindicato vão passar a ajudar membros e não-membros no desemprego a encontrar um posto de trabalho Foto: Guy Jallay
O LCGB lança o "job coaching", iniciativa que tem como objectivo ajudar membros e não-membros desempregados a reintegrarem o mercado do trabalho.

O sindicato luxemburguês LCGB sempre ajudou pontualmente membros e não membros a encontrarem um emprego, explicou ao CONTACTO Joé Spier, porta-voz da central sindical.

"Foi o que aconteceu o ano passado com 331 pessoas que por intermédio do LCGB encontraram um posto de trabalho no sector privado", recorda o mesmo responsável. "Preocupados com a grave situação do desemprego no Luxemburgo e dado o sucesso dessas acções esporádicas, resolvemos sistematizar o serviço", explica.

 Este serviço, que o LCGB resolveu denominar de "job coaching", lançado oficialmente a 12 de Abril, visa estruturar melhor esse apoio. "Foram nomeados cerca de 50 funcionários do nosso sindicato, que conhecem bem pessoas de contacto nas empresas e têm relações no mundo do trabalho, para ajudarem as pessoas desempregadas, o que facilitará a sua missão", diz Spier. Cada um desses funcionários deverá trabalhar no máximo com três desempregados, de modo a conseguir levar a bem a sua tarefa.

Para o presidente do sindicato, Robert Weber, "não vale a pena criticar a Administração do Emprego (ADEM) e o Ministério do Trabalho. É preciso agir. Os últimos tempos mostraram-nos como é difícil negociar um plano social e como é fácil despedir gente". Weber faz notar que 62,3% das pessoas inscritas na ADEM já perderam o emprego pelo menos três vezes.

O Grão-Ducado conta actualmente cerca de 300 mil assalariados, dos quais 123 mil atravessam diariamente uma das três fronteiras, lembrou. Weber recordou que existem pouco mais de 24 mil empresas no país, das quais 2.500 empregam mais de uma centena de trabalhadores. Ainda segundo Weber, em 2001, 582 dessas empresas contactaram a ADEM à procura de trabalhadores para contratar. No ano passado, o número subiu para 667.

José Luís Correia 
in CONTACTO, 19/04/2006

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Estudantes portugueses usam mais a internet que os do Luxemburgo - Eurostat

Portugal está acima da média da UE e ultrapassa mesmo o Luxemburgo na percentagem de estudantes que utilizam a Internet pelo menos uma vez por semana. Mas apenas os estudantes salvam a "honra do convento"...

Cerca de 63% dos portugueses entre os 16 e os 74 anos nunca acedeu à internet, revelam dados divulgados dia 6 de Abril pelo Departamento de Estatísticas das Comunidades Europeias, o Eurostat, sediado no Kirchberg.

No lado oposto da tabela está o Luxemburgo, onde 63% dos inquiridos se conectam à rede, pelo menos, uma vez por semana. São assim quase dois terços os portugueses que nunca utilizaram a internet em casa, no emprego ou noutro local. No Luxemburgo, a percentagem de inquiridos que disse nunca ter usado a internet é de apenas 29%. Um número muito abaixo da média dos 22 países da União Europeia (UE) considerados nos dados do Eurostat, já que são 43% em média que nunca navegaram na rede mundial.

Acedem à Internet pelo menos uma vez por semana 28% dos portugueses entre os 16 e os 74 anos (31% dos homens e 25% das mulheres), o que comparado com o Luxemburgo, onde a percentagem é de 63% (76% dos homens e 51% das mulheres), posiciona os dois países nesta matéria em lados opostos da tabela. A média comunitária que usa com frequência semanal a net é de 43% (49% dos homens e 38% das mulheres).

O Luxemburgo é no entanto comparável a Portugal no que diz respeito ao uso da internet pelos estudantes. Em ambos os países, apenas 4% dos estudantes com mais de 16 anos nunca navegaram na internet (7% de média na UE). Portugal consegue apenas estar acima da média da UE (79-81%) e ultrapassa mesmo o Luxemburgo (87%) na percentagem de estudantes maiores de 16 anos que utilizam a internet pelo menos uma vez por semana (88%).

Os assalariados são os que mais usam a internet no Luxemburgo, depois dos estudantes: 73% acedem à rede global uma vez por semana, havendo, no entanto, 20% que confiam nunca tê-la usado. Em Portugal, o número de assalariados a ligar-se à net é de apenas 34%, e os que nunca usaram a ferramenta cibernáutica atingem mesmo os 68%.

Quanto aos trabalhadores independentes, são 66% no Grão-Ducado a usar a internet pelo menos uma vez por semana, enquanto em Portugal esse número é de apenas 23%. Também os desempregados portugueses são mais numerosos – 70% – a nunca terem utilizado a rede das redes (48% na UE), quando no Luxemburgo a percentagem também é elevada, mas se fica pelos 45%.

A percentagem de mulheres portugueses que nunca usaram a internet atinge os 66% e baixa para 59% entre os homens. No Luxemburgo, apenas 17% dos homens nunca usaram a "grande teia global" e 40% das mulheres. Aliás, em todos os países considerados nestas estatísticas, a percentagem de homens que todas as semanas acedem à internet é maior do que a das mulheres (excepto na Finlândia e Hungria, onde se igualam), e é também maior a percentagem de mulheres que nunca navegou na internet.

José Luís Correia 
in CONTACTO,  12/04/2006