sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

domingo, 29 de abril de 2007

Segundo António Costa, ministro da Administração Interna português:

Portugueses do Luxemburgo são "modelo de integração"

Os portugueses do Luxemburgo são um "modelo de integração", opinou o ministro da Administração Interna português, António Costa, durante um encontro com representantes da comunidade portuguesa.

"A integração dos portugueses na sociedade luxemburguesa é frequentemente citada no Conselho de Ministros da Justiça e Assuntos Internos como um modelo a seguir”, disse António Costa à cerca de meia centena de representantes da comunidade portuguesa presentes na recepção que teve lugar a 18 de Abril na residência da Embaixada, e à qual também assistiu o ministro da Justiça luxemburguês, Luc Frieden .

O ministro português adiantou que Luc Frieden , que conhece desde 1999, altura em que eram ambos titulares da pasta da Justiça, sempre lhe falou muito positivamente da comunidade portuguesa radicada no Luxemburgo.

"E eu ouvia isso com orgulho!", confiou António Costa.

"Encontrar-me com um português no Luxemburgo é como encontrar-me com um luxemburguês, tal é o grande número de portugueses que aqui residem. Estamos em Portugal ou no Luxemburgo? Portugal poderia sobreviver sem o Luxemburgo, já o Luxemburgo não poderia sobreviver sem Portugal. A nossa economia não funcionaria sem os portugueses", respondeu, por seu lado, o ministro luxemburguês.

Evocando a lei da dupla nacionalidade, que o Luxemburgo deverá votar no decurso do ano, Frieden explicou as razões e as vantagens que esta proporcionará à comunidade portuguesa, a mais numerosa do país, representando cerca de 15 % da população total e mais de 25 % da população activa.

"Os portugueses deram muito ao nosso país e nós também lhe queremos dar algo mais do que um bom nível de vida. Foi a pensar nisso que avançámos com o projecto-lei da dupla nacionalidade (n.d.R.: que permite aceder à nacionalidade luxemburguesa sem a perda da nacionalidade de origem), que foi concebido a pensar sobretudo nos portugueses", disse Frieden .

Para o ministro luxemburguês, "a dupla nacionalidade deve ser vista como uma ponte para a sociedade luxemburguesa, para a participação política e cívica".

Sobre a condição de residência (sete anos) para obtenção da naturalização como previsto no projecto-lei, o ministro da Justiça luxemburguês considera que "esta não afecta a maior parte dos portugueses que aqui estão há muito mais tempo”, explicou.

Durante o encontro, António Costa evocou igualmente a inauguração para breve das novas instalações do Consulado-Geral de Portugal em Merl, o lançamento do "Consulado Virtual" até ao final do ano, bem como o programa NetInvest, que visa apoiar o investimento directo em Portugal por empresários das comunidades portuguesas.

TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Frieden revelou ainda que aproveitou a tarde desse dia para visitar com António Costa, no castelo de Clervaux, a exposição "The Family of Man".

A partir de uma ideia do fotógrafo americano de origem luxemburguesa, Edward Steichen, a mostra permanente junta fotografias enviadas dos quatro cantos do Mundo que retratam rostos de gente da grande família que é a Humanidade.

No encontro com representantes da comunidade portuguesa na residência da Embaixada, Frieden confiou que ao ver novamente com António Costa as obras reunidas por Steichen – que emigrou na primeira metade do século XX para os Estados Unidos, onde se tornou famoso a fotografar actrizes de cinema e individualidades da cultura e da política norte-americanas – , o interpelaram para o fenómeno dos migrantes.

"Na exposição, ficamos a perceber que somos todos mais parecidos do que poderíamos pensar à partida. Devemos por isso conseguir viver juntos. O modelo luxemburguês de integração da comunidade portuguesa deve servir de modelo para outros países com fortes comunidades imigrantes", considerou o ministro da Justiça luxemburguês, subscrevendo o que já dissera António Costa.

A incursão ao Norte do Grão-Ducado serviu também, segundo Frieden , para fazer descobrir a António Costa os encantos do Oesling, mais verde e viçoso do que a região da capital, onde costumam decorrer os conselhos europeus, e que o ministro português conhece bem.

Os dois ministros participaram nos dois dias seguintes, quinta e sexta-feira, no Conselho de Justiça e Assuntos Internos da União Europeia (JAI), que decorreu igualmente no Grão-Ducado.

José Luís Correia (in Contacto, 25.04.07)

domingo, 22 de abril de 2007

"Jeux Interdits" avec Brigitte Fossey et Georges Poujouley (1952)

Duas crianças, os olhos sinceros, os corpos entregues, comoventes, mas ausentes.
"Dá-me a mão..."
Um passeio, pela primeira vez, até à orla do bosque. O coração despido. Um beijo na face, um pouco a medo.
Fazer como os grandes.
"Essa coisa do amor é complicada. Dar um beijo é sempre assim?"
"Assim como? Molhado?...Sim!"
Voltaram à aldeia, tinham crescido pra aí meio-centímetro. Já são grandes agora. Aos oito anos, é importante.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Terra Naomi's "Say It's Possible"

É o que ando a ouvir. O âlbum (Island Records) sai a 11 de Junho. C'est ce que j'écoute en ce moment. L'album sort le 11 juin, avec le label Island Records.

terça-feira, 17 de abril de 2007

The Fray - How To Save A Life (Version #2)

Hoje não disparaste, salvaste-me a vida. Armaste o beijo, ameaçaste. Premiste o gatilho. O alvo à queima-roupa. O meu coração ardeu. (My Lili Song)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quer mesmo, senhor primeiro-ministro?

O Governo luxemburguês anuncia que quer promover a inscrição dos não luxemburgueses nas listas eleitorais. Mas não adianta nada relativamente ao alargamento do prazo de inscrição para os não luxemburgueses que, recordo, continua a ser de um ano e meio (18 meses!) antes dos escrutínios.

Ou seja, os estrangeiros que desejem participar nas eleições europeias de Junho de 2009 devem inscrever-se até Dezembro de 2007!!! O que deixa, na prática, pouco mais de quatro meses de campanha ao Governo luxemburguês, se esta for lançada, na melhor das hipóteses, até Maio, a acrescer ao facto de nos dois meses de Verão os estrangeiros se ausentarem do país.

Será que até o cidadão estrangeiro mais bem informado, mais atento e interessado na "coisa política", sabe que já só tem até ao fim do ano para se inscrever?

Será que o Governo já boicotou o sucesso da campanha ao lançá-la tão tardiamente? Teremos direito depois ao habitual desfile dos políticos benevolentes, lamentando, lacrimosos, que tão poucos estrangeiros tenham aderido a tão generosa oferta?

E mesmo se Jean-Claude Juncker se diz a favor da "participação do maior número", mais uma vez "não bate a bota com a perdigota". O primeiro-ministro anuncia uma coisa, mas o Governo não mostra indícios de vontade de deixar os estrangeiros participarem nas eleições legislativas, como propuseram deputados socialistas e as juventudes partidárias socialistas e liberais.

As legislativas acontecem na mesma data das europeias, o que deveria ser a oportunidade ideal para colmatar a lacuna de democracia de que o país padece! Um país onde apenas 60% da população elege os membros do Parlamento.

José Luís Correia (in Contacto, 11.04.07)