sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Taxista agride cliente "Este tipo de taxistas mancham o bom nome dos outros profissionais", diz presidente da Federação dos Taxistas do Luxemburgo


"Eu acho que foi um desses taxistas ilegais que andam para aí. Não foi nenhum dos meus motoristas, isso tenho a certeza, e não acredito que tenha sido algum de uma empresa credenciada da nossa praça. Este tipo de taxistas mancham o bom nome dos outros profissionais!", diz ao CONTACTO Olivier Gallé, presidente da Federação dos Patrões de Táxis do Luxemburgo e proprietário da Colux Taxis, reagindo à agressão que uma cidadã irlandesa sofreu por parte de um taxista na sexta-feira (14 de Agosto).

"O problema é que as pessoas não sabem ou não se dão ao trabalho de reconhecer os táxis 'verdadeiros', isto é, os que dispõem de licença. Depois são aldrabadas!", lamenta Gallé, que preside desde 2012 a federação que reagrupa cerca de 190 empresas do sector.

"Não basta um veículo ter um sinal amarelo no tejadilho para ser um táxi. Os táxis com licença têm que estar devidamente assinalados como tal, ou seja: ter uma placa comunal, neste caso o veículo devia ter uma placa da cidade do Luxemburgo, e devia ter igualmente, uma placa com um número T. Dentro, o veículo deve estar equipado com um taxímetro, que a lei obriga os motoristas a accionarem durante as viagens", explica Olivier Gallé.

 "E quando um cliente discute o preço, como deve agir o taxista?", perguntamos a Olivier Gallé. "Nunca como aquele taxista agiu!", garante Gallé.

"Os bons profissionais não agem assim. Normalmente, nem sequer há este tipo de altercações porque, como a lei estipula, o taxímetro, que afixa a tarifa, tem que ser visível pelo cliente, e por isso este sabe quanto vai pagar."

Dez euros por 500 metros 

A cliente, Maya Magdy diz que foi agredida e retida no táxi quando se recusou a pagar os 10 euros que o motorista lhe reclamava pelos 500 metros que tinha feito com ela, até ao boulevard Napoléon Ier, na cidade do Luxemburgo.

Maya contou ao wort.lu em francês que na sexta-feira foi de autocarro até ao estádio Josy Barthel, mas deu-se conta, através do GPS do seu smartphone, que ainda estava a 500 metros do local de uma festa para a qual tinha sido convidada.

Estava a chover muito e o seu smartphone não estava a funcionar bem. A mulher diz que resolveu então acenar a um táxi e pedir-lhe para a levar até à morada indicada.

Maya conta que o taxista não sabia onde ficava a rua e que demorou bastante a procurar a morada no seu smartphone, apesar de o veículo ter GPS. O taxista só viria a ligar o GPS do veículo depois de Maya insistir muito. Quando finalmente chegaram à morada indicada, aconteceu a agressão.

Maya conta que mostrou indignação pelo montante pedido e propôs pagar metade. O taxista furioso teria saído do lugar do condutor, abrido a porta de trás, dando-lhe um murro no ombro. Maya conta ainda que tentou fugir pela outra porta, mas esta estaria trancada. O homem ter-se-ia depois sentado a seu lado e exigido que ela lhe pagasse os 10 euros.

"Um casal que passava nesse momento na rua e que também ia à festa tentou intervir, mas o taxista não quis saber e só me deixou sair quando lhe dei os 10 euros", recorda a irlandesa.

Antes de arrancar, o taxista ainda ameaçou que iria fazer queixa dela à Polícia. Finalmente, foi Maya que apresentou queixa na comissariado central da cidade do Luxemburgo, ainda no fim-de-semana.

Maya veio viver para o Luxemburgo há mês e meio para integrar a empresa de consultoria Deloitte, e diz que nunca viveu este tipo de situação "humilhante" e "chocante" em lugar nenhum.

JLC, com wort.lu/fr
(in contacto.lu, 18/08/2015)