segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
domingo, 30 de dezembro de 2007
O x-ufo do meu irmão
O último hobby do meu irmão: um quadricóptero x-ufo que ele próprio construiu. É nisto que passam as suas economias e as horinhas todas dos seus tempos livres. À vista do resultado, valeu a pena. Posso dizer-vos que as emoções da velocidade do aparelho e os loopings fizeram esquecer os graus negativos na pradaria gelada de Belvaux, 25/12/07.
Concepção, montagem e realização: Fred Correia. Eu só filmei.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
EXPLICIT
Gaspar is back. Mentes inocentes e púdicas, abstenham-se!
Avisa-se que este blog pode derivar para extremos a que alguns leitores não estão habituados desde o volume 1.
Avisa-se que este blog pode derivar para extremos a que alguns leitores não estão habituados desde o volume 1.
Há cerca de mil sem-abrigo no Grão-Ducado
127 portugueses sem-abrigo no Luxemburgo,
que sobrevivem com quase nada
que sobrevivem com quase nada
Pedro, Sónia e Humberto são alguns dos 127 portugueses sem-abrigo ou a viver em situação precária no Luxemburgo. Sobrevivem com garra, coragem e o apoio de instituições de ajuda aos sem-abrigo. O CONTACTO foi ao seu encontro.
Pedro (*) tem 31 anos. É recém-chegado ao país e à "rua". O seu rabo de cavalo debaixo do gorro amarelo e a barba de três dias encaixam na imagem preconcebida que temos das pessoas que vivem na rua. Ideias preconceituosas que frequentemente estalam como verniz ao primeiro contacto que temos com essas pessoas, seres humanos como nós. É o que acontece quando metemos conversa com o Pedro. Tem um jeito educado, palavras rebuscadas e exprime-se num português correcto. Emigrou há três anos de Santa Comba Dão para o Luxemburgo, com a promessa de um emprego no sector industrial da carne. Mas passado pouco tempo foi despedido.
"Desossava porcos, era um trabalho bem pago, mas difícil. Depois fiquei no desemprego e com tão pouco tempo de trabalho no Luxemburgo, não tive direito ao fundo de desemprego nem ao Rendimento Mínimo Garantido (RMG). Depressa fiquei sem local onde morar", conta ao CONTACTO. Por isso, tem vivido na rua e no centro para sem-abrigo "Abrigado", em Bonnevoie, onde disse que tem recebido "muito apoio".
"Não quero voltar a Portugal, pelo menos, por enquanto. Quero reencaminhar a minha vida por aqui", afirma. Pedro garante que "nunca" enveredou pela droga ou pelo álcool, mas admite que "é verdade que é fácil cair nesses vícios quando se vive na rua".
"É o caminho mais fácil para esquecermos o rumo que a nossa vida tomou. Mas nunca digo que estou mal e hei-de fazer tudo para sair desta situação", garante com garra e coragem no olhar.
De acordo com números da associação luxemburguesa de apoio aos sem-abrigo "Stëmm vun der Strooss" ("A Voz da Rua"), há cerca de um milhar de pessoas sem-abrigo no Luxemburgo, das quais 12,65 % são portugueses (ver artigo infra).
Foi precisamente nas instalações da associação em Bonnevoie que nos encontrámos com alguns sem-abrigo portugueses.
A associação tem uma portuguesa a trabalhar como empregada de limpeza. Maria (*) tem 42 anos, é natural de Mortágua e chegou ao Luxemburgo em 1970. Não gosta de falar dos caminhos que a vida lhe trocou e que a levaram até à "Stëmm". Não tem filhos nem é casada. Com alguma vergonha e timidez conta que chegou ali "simplesmente para combater a solidão". Recebe o RMG – "cerca de mil euros – mais 300 da 'Stëmm'", o que dá menos do que ordenado mínimo luxemburguês, que ronda os 1.503,42 euros mensais para pessoas não qualificadas e os 1.804 para as qualificadas.
Um dos voluntários que ali colabora gosta de ser chamado "Angolano". Tem 44 anos e trabalha no bar da associação desde a Primavera. É electricista de formação e conta orgulhoso ao CONTACTO que em Janeiro vai assinar contrato para exercer a sua profissão.
"Cheguei ao Luxemburgo em 1986, trabalhei na hotelaria, depois como electricista, e também tive alguns empregos 'a negro'. Passei por situações difíceis, mas nunca quis pedir o RMG. Tenho dois filhos, de 18 e 15 anos, que vivem com os meus pais, em Braga. Enquanto tiver forças, hei-de lutar", garante, mostrando que não baixa os braços apesar dos reversos da vida.
Sónia (*) tem 28 anos e a família é originária de Portimão. Está no Luxemburgo desde muito nova, fala por isso perfeitamente a língua do país. Mora sozinha num pequeno estúdio com o filho. Mãe solteira, viu-se na rua com uma criança nos braços mas mostra-se parca em palavras sobre esses tempos difíceis que viveu e que lhe deixaram marcas, por exemplo, no olhar, que é sempre bonito, mas triste, mesmo quando sorri. Na "Stëmm" faz serviço de voluntariado em regime de reinserção profissional. Entre as tarefas que ali desempenha, a que mais a satisfaz é o trabalho na Redacção da revista da associação.
Humberto (*), de 42 anos e 38 de Luxemburgo, é natural de Lisboa, também tem a nacionalidade luxemburguesa e foi aqui que viveu quase toda a sua vida. Tem dois filhos de 17 e 15 anos, que vivem com a ex-mulher. Explica ao CONTACTO que tinha uma vida normal até há cinco anos, quando um acidente lhe deu a volta à vida.
"Tinha acabado de encontrar emprego como motorista, mas depois de longos meses hospitalizado, fiquei no desemprego e após isso no RMG", lamenta.
"Gostava de encontrar um emprego adequado à deficiência que o acidente me deixou no pulso e que não me permite fazer todo e qualquer trabalho", diz, acrescentando que é pintor.
“Aqui na 'Stëmm' e noutras estruturas de apoio aos sem-abrigo sempre me trataram bem. Os luxemburgueses têm-me tratado melhor do que muitos portugueses. No Consulado português dizem-nos apenas que não podem fazer nada por nós e é para aqui que nos reencaminham”, lança ainda Humberto no final da conversa com os sem-abrigo que aceitaram partilhar as suas experiências de vida e a sua realidade com o CONTACTO.
Alexandra Oxacelay da "Stëem vun der Strooss", estrutura de apoio aos sem-abrigo, diz:
"O Consulado não sabe quantos portugueses estão sem-abrigo?
Nunca nos perguntaram nada!"
Nunca nos perguntaram nada!"
Entre Janeiro e Dezembro deste ano, o centro de apoio aos sem-abrigo "Stëmm vun der Strooss" ("A Voz da Rua") registou a passagem pelas suas instalações em Bonnevoie de 1.005 sem-abrigo: 789 homens e 216 mulheres. Desses, 127 (12,65 %) eram portugueses ou de origem portuguesa (mais um caso do quem 2006): 103 homens e 24 mulheres.
Os portugueses sem-abrigo são, segundo Alexandra Oxacelay, que dirige aquela estrutura, sobretudo "desempregados de longa duração ou ex-detidos, mas a maioria são toxicodependentes, entre os 25 e os 40 anos".
Quando confrontada com o facto de os serviços sociais do Consulado de Portugal no Luxemburgo terem declarado na semana passada ao CONTACTO que desconheciam o número de portugueses sem-abrigo que havia no Luxemburgo, Alexandra Oxacelay responde apenas: "Se nos tivessem perguntado, já faziam uma ideia. Mas nunca nos perguntaram nada!"
"É verdade que nunca perguntámos às estruturas de apoio aos sem-abrigo quantos portugueses lá iam. Quando algum se dirige ao Consulado, tentamos resolver o problema pontualmente e encaminhamo-lo para esses centros que possam auxiliar os mais desvalidos", admite José Araújo, adido social do Consulado.
"O Consulado não tem a possibilidade para dar resposta ao problema nem está assim previsto a não ser encaminhando essas pessoas para estruturas locais", acrescenta.
Recorde-se que, na nossa edição da semana passada, José Araújo tinha declarado ao CONTACTO que o serviço que dirige tinha "apenas conhecimento das pessoas com residência legal no Luxemburgo" e que o Consulado não dispunha de números relativamente aos portugueses que "estão em 'trânsito' ou que não têm domicílio fixo no país".
"O problema de alguns dos portugueses sem abrigo é que estão ilegalmente no país e não podem assim accionar todo o arsenal de mecanismos de ajuda que o Grão-Ducado tem à disposição dos mais desfavorecidos, como o Rendimento Mínimo Garantido (RMG) e outros", tinha ainda acrescentado o adido social.
Alexandra Oxacelay refere que o número exacto de sem-abrigo é difícil de determinar, porque não há dados oficiais. O número avançado pela "Stëmm" refere-se apenas à estrutura de Bonnevoie. A responsável admite que talvez existam até mais pessoas nesse caso, mas que passam por outras estruturas da capital como os centros "Abrigado", "Ulysse" e "Nuetseil" ou a "Abrisud" e a antena da "Stëmm" em Esch/Alzette.
"Cada estrutura tem os seus registos, mas não podemos simplesmente adicionar o número dos sem-abrigo de cada uma, porque há pessoas que dormem na Abrigado ou no Ulysse e também passam pela Stëmm. O número é por isso difícil de determinar", explica.
DAR VOZ A QUEM NÃO A TEM
Todos os anos há 50 % de novos casos, mas não sabemos o que se passa com os outros que não regressam. Voltam para o país deles, encontram emprego, uma vida melhor... ou morrem. Não sabemos!”, conta a responsável.
A associação, subvencionada pelo Estado luxemburguês, acolhe diariamente os sem-abrigo, nas suas instalações em Bonnevoie e Esch/Alzette, propondo-lhes refeições gratuitas, roupa, apoio moral e psicológico. A equipa de cinco pessoas conta com assistentes sociais e psicólogos, além de uma “mãozinha providencial de muitos voluntários", diz a responsável.
A "Stëmm", que existe há 10 anos, edita uma revista de dois em dois meses distribuída gratuitamente e que serve para sensibilizar a opinião pública para esta temática e "dar voz a quem não a tem". A associação dispõe ainda de um serviço de mediação entre os sem-abrigo e os proprietários potenciais de apartamentos por arrendar, assumindo-se como garante para que assim seja mais fácil a um ex-sem-abrigo arrendar um local para morar, o que lhes é muitas vezes negado pelos proprietários.
“Aqui na 'Stëmm' não dispomos de camas para que os sem-abrigo possam pernoitar. Para isso existem outras estruturas com as quais colaboramos. Mas a meia-dúzia de estruturas que existem no país não chegam para oferecer abrigo nocturno ao milhar de pessoas que precisa. O ano passado morreu um jovem durante o Inverno, porque passou a noite numa cabina telefónica. É dramático, sobretudo num país como o Luxemburgo”, lamenta a responsável, adiantando, no entanto, que consciente do problema, o Estado luxemburguês organiza anualmente de Dezembro a Março a “Acção Inverno” distribuindo vales para os sem-abrigo poderem pernoitar em certos hotéis.
”O problema são aqueles que não passam por estes centros, porque não querem respeitar as regras e já se habituaram a viver na rua”, lamenta.
José Luís Correia (in Contacto e Agência Lusa, 24.12.07)
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Ménage à 3 X 2
Sempre gostei de matemática e sobretudo das multiplicações, de tentar novas fórmulas e equações. O Peter, eterno companheiro das minhas aventuras, sabe disso e convidou-me para a resolução de um problema bicudo: ménage à 3 X 2. Orgia em comité restrito portanto. "Uma coisa descontraída", disse-me ele. Para descansar das festas que fazem sempre estremecer a vizinhança e deixam o apartamento dele em estado de zona sinistrada, pensei eu. Convidou o R., que trouxe a Fati e uma amiga, a Barbara, e eu levei a Jen.
O serão começou como sempre, com conversa de chacha, uns filmes pornográficos a desfilar ininterruptamente na tela e uns copitos para quebrar o gelo entre aqueles que não se conheciam ainda, como era o caso de nós e da Barbara, uma italiana de 26 anos, professora no mesmo liceu que a Fati. A Fati, já a conheço demasiado bem (um dia conto!) e o R. também, mas não destas andanças. Mas não foi uma surpresa total encontrá-lo ali.
Música chill-out, acepipes apimentados, de gengibre e canela, chás de ginseng e pau de cabinda, cerveja belga, alcóois anisados para todos os gostos, uma caixa com anéis púbicos, dezenas de preservativos banalizados, às cores e de todos os sabores, a mesa pós-consoada estava bem posta. O Peter perguntou quem queria meio-comprimido de um produto-milagre que ele compra na net (não é viagra, mas parece!), que põe eréctil qualquer bicho morto em 20 minutos.
A única vez que experimentei, fiquei afinal sem dar a queca. Foi há uns dois anos. Uma francesa, que se me escapuliu por entre as mãos depois de me fazer andar atrás dela o serão todo no Marx! Foi com o rabo a dar a dar entre as pernas. Só me apetecia era enfiar o meu Johnny Thursday nem que fosse no buraco de um tijolo. Nem um duche frio e umas masturbanças frenéticas em catadupa me acalmaram...o ânimo. Depois de três horas, aquela porcaria começou mesmo a doer-me. Sentia o coração a bombear como uma locomotiva. Sei lá se sou cardíaco mas depois disso, merdas dessas, não muito obrigado.
"Hoje, passo!", declinei com a mão. O R. também não quis. O Peter engoliu sem hesitar. Depois, olhando para mim, sussurou qualquer coisa à Barbara num gracejo, que eu não ouvi, nem me interessou. Mas a gaja ficou com ela fisgada em mim, foi o que me pareceu. Gostei do olhar dela, do corpito provocante, mas no sorteio, ela afinal calhou ao R. O Peter com a Jen e eu com a Fatinha. Porra! Não é que a gaja não seja boa, mas é uma maluca que detesto aturar. Até durante as fodas nos fode o juizo. Saltou-me literalmente para cima. Calminha, menina!
Não me queixo, a Fati, desta vez, portou-se bem comigo. Quem sofreu com ela, foi o Peter.
Mas, felizmente que, depois das quecas regulamentares, foi tudo ao molho e com fé. A Barbara veio ter comigo. Já há algum tempo que não provava uma italiana. Cabelos pretos longos, corpo maneirinho, seios pequenos, pernas compridas e finas. Uma queca bem conduzida, bem puxada, a gaja era bastante elástica. Sobretudo quando se empalou em mim, numa espargata alucinante e se recostou para trás, os cabelos a roçar no chão. Disse-me que fazia dança. Foi bastante bom, devo admitir, apesar de ter começado por ficar com alguma apreensão quando me deu o primeiro linguado e colidi com o piercing que a gaja tinha na língua, artíficio cosmético metálico que pouco aprecio. No umbigo, ainda vai. Mas lingua, bico ou clitoris perfurado, foda-se, chega para lá! Com ela fiz abstração e, diga-se em abono da verdade, que a coisa se passou bem. A repetir, com certeza!
Melhor momento - Quando as três se ocuparam exclusivamente de mim. Divinal. Indescritível! Ou quando as três se puseram a divertir sozinhas depois de nos deixarem k.o.
Melhor momento II - A Fatinha, estava a ser comida forte e feio pelo Peter, em cima do grande sofá persa. O gajo estava a martelar-lhe com força, porque sabe que ela gosta assim ou por causa do efeito explosivo do comprimido. Só sei que o cio era tanto que a mola do sofá rebentou e espetou a nádega da gaja. Ela mandou um grito estridente que ele, pensando que ela se estava a vir, chamou-a de "grosse pute". A gaja furibunda deu-lhe com os pés, o gajo caiu de cu no chão. Risota geral.
O Peter tem sempre boas ideias para os dias feriados.
O serão começou como sempre, com conversa de chacha, uns filmes pornográficos a desfilar ininterruptamente na tela e uns copitos para quebrar o gelo entre aqueles que não se conheciam ainda, como era o caso de nós e da Barbara, uma italiana de 26 anos, professora no mesmo liceu que a Fati. A Fati, já a conheço demasiado bem (um dia conto!) e o R. também, mas não destas andanças. Mas não foi uma surpresa total encontrá-lo ali.
Música chill-out, acepipes apimentados, de gengibre e canela, chás de ginseng e pau de cabinda, cerveja belga, alcóois anisados para todos os gostos, uma caixa com anéis púbicos, dezenas de preservativos banalizados, às cores e de todos os sabores, a mesa pós-consoada estava bem posta. O Peter perguntou quem queria meio-comprimido de um produto-milagre que ele compra na net (não é viagra, mas parece!), que põe eréctil qualquer bicho morto em 20 minutos.
A única vez que experimentei, fiquei afinal sem dar a queca. Foi há uns dois anos. Uma francesa, que se me escapuliu por entre as mãos depois de me fazer andar atrás dela o serão todo no Marx! Foi com o rabo a dar a dar entre as pernas. Só me apetecia era enfiar o meu Johnny Thursday nem que fosse no buraco de um tijolo. Nem um duche frio e umas masturbanças frenéticas em catadupa me acalmaram...o ânimo. Depois de três horas, aquela porcaria começou mesmo a doer-me. Sentia o coração a bombear como uma locomotiva. Sei lá se sou cardíaco mas depois disso, merdas dessas, não muito obrigado.
"Hoje, passo!", declinei com a mão. O R. também não quis. O Peter engoliu sem hesitar. Depois, olhando para mim, sussurou qualquer coisa à Barbara num gracejo, que eu não ouvi, nem me interessou. Mas a gaja ficou com ela fisgada em mim, foi o que me pareceu. Gostei do olhar dela, do corpito provocante, mas no sorteio, ela afinal calhou ao R. O Peter com a Jen e eu com a Fatinha. Porra! Não é que a gaja não seja boa, mas é uma maluca que detesto aturar. Até durante as fodas nos fode o juizo. Saltou-me literalmente para cima. Calminha, menina!
Não me queixo, a Fati, desta vez, portou-se bem comigo. Quem sofreu com ela, foi o Peter.
Mas, felizmente que, depois das quecas regulamentares, foi tudo ao molho e com fé. A Barbara veio ter comigo. Já há algum tempo que não provava uma italiana. Cabelos pretos longos, corpo maneirinho, seios pequenos, pernas compridas e finas. Uma queca bem conduzida, bem puxada, a gaja era bastante elástica. Sobretudo quando se empalou em mim, numa espargata alucinante e se recostou para trás, os cabelos a roçar no chão. Disse-me que fazia dança. Foi bastante bom, devo admitir, apesar de ter começado por ficar com alguma apreensão quando me deu o primeiro linguado e colidi com o piercing que a gaja tinha na língua, artíficio cosmético metálico que pouco aprecio. No umbigo, ainda vai. Mas lingua, bico ou clitoris perfurado, foda-se, chega para lá! Com ela fiz abstração e, diga-se em abono da verdade, que a coisa se passou bem. A repetir, com certeza!
Melhor momento - Quando as três se ocuparam exclusivamente de mim. Divinal. Indescritível! Ou quando as três se puseram a divertir sozinhas depois de nos deixarem k.o.
Melhor momento II - A Fatinha, estava a ser comida forte e feio pelo Peter, em cima do grande sofá persa. O gajo estava a martelar-lhe com força, porque sabe que ela gosta assim ou por causa do efeito explosivo do comprimido. Só sei que o cio era tanto que a mola do sofá rebentou e espetou a nádega da gaja. Ela mandou um grito estridente que ele, pensando que ela se estava a vir, chamou-a de "grosse pute". A gaja furibunda deu-lhe com os pés, o gajo caiu de cu no chão. Risota geral.
O Peter tem sempre boas ideias para os dias feriados.
A "Neve" segundo os franceses Dionysos
"Neige" do álbum "Monsters in love" (Maio 2006) dos Dionysos. Recentemente este supreendente grupo gaulês lançou o fabuloso "La méchanique du coeur" (Novembro/2007) , adaptação do romance homónimo de Mathias Malzieu.
Todo um universo em que qualquer semelhança com o mundo de Tim Burton não é apenas pura coincidência.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Luxemburgueses ajudam a criar Museu Chaplin
A mansão onde morou Charlie Chaplin durante os últimos 25 anos de vida, em Vevey, na Suiça, encontra-se à venda. A pretensão de transformar o local em Museu Chaplin, vai ser possível graças a dois investidores luxemburgueses que entram no projecto com 30 mil euros, foi revelado esta semana na imprensa suiça.
O nome dos investidores, que assinaram um acordo de compromisso a 20 de Dezembro, vai ser conhecido em Fevereiro, depois das autoridades locais analisarem e autorizarem a transacção.
O projecto data de há alguns anos, mas as autarquias locais não tinham conseguido juntar o montante necessário para a transformação do "Manoir du Ban" em Museu Chaplin.
O Museu (na foto em baixo) deverá ter várias salas de exposição sobre a vida e obra do criador de "Charlot" (foto ao lado), além de uma sala de cinema com 200 lugares, um palco exterior, uma loja e uma cervejaria.
A mansão onde morou Charlie Chaplin durante os últimos 25 anos de vida, em Vevey, na Suiça, encontra-se à venda. A pretensão de transformar o local em Museu Chaplin, vai ser possível graças a dois investidores luxemburgueses que entram no projecto com 30 mil euros, foi revelado esta semana na imprensa suiça.
O nome dos investidores, que assinaram um acordo de compromisso a 20 de Dezembro, vai ser conhecido em Fevereiro, depois das autoridades locais analisarem e autorizarem a transacção.
O projecto data de há alguns anos, mas as autarquias locais não tinham conseguido juntar o montante necessário para a transformação do "Manoir du Ban" em Museu Chaplin.
O Museu (na foto em baixo) deverá ter várias salas de exposição sobre a vida e obra do criador de "Charlot" (foto ao lado), além de uma sala de cinema com 200 lugares, um palco exterior, uma loja e uma cervejaria.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Jen...Tudo o que quero pelo Natal, és tu!
"All I want for Christmas is you", do filme "Love Actually"
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Friday night: the fuck fucked...by the bell!
Sexta-feira à noite, 22h30.
"Quero mudar o karma da minha cama..." disse a ruiva de O Sexo e a Cidade à amiga e eu cortei o som e insurgi-me comigo próprio: "Foda-se, mas para que é que eu estou a ver uma cretinice destas?"
Bom, talvez porque é sexta-feira à noite e porque por uma vez o Gaspar decidiu ficar em casa, no aconchego do lar, gozando o regaço morno da Jenny, agora que cultivo há três meses a monogamia exclusiva compulsiva. Calma, não é contagioso, queria experimentar... e estou a gostar. Mas, claro que, como cada bela tem o seu senão, esta relação continuada alterou por completo o meu ritmo de vida. Diurno e nocturno.
Mas é por isso que numa sexta-feira à noite estou frente à televisão a ver lamechices destas? Não! O televisor nem estava aceso.
O serão começou com uma refeição ligeira, seguido de um duche sensual. Os beijos e amassos começaram na banheira, na sequência natural das brincadeirinhas com o champô nas partes pudibundas. O piso escorregadio do local fez-nos, no entanto, optar por outra faixa de aterragem. No sofá, enrolada no seu toalhão, a Jenny recostara-se languidamente para trás, na grande almofada e estendera as pernas nuas sobre um pouf. No movimento de as deixar deslizar uma na outra, como uma femme fatale num filme pulp, o tolhão ia descaindo e desvendava ambrósias apetecíveis.
A Jen estava pronta a ser colhida, como um pêssego maduro que só espera que dois lábios sedentos venham primeiro beijar-lhe a pele em flor e depois sugar-lhe a polpa sumarenta. Eu estava a escolher um cd de chill out tango como banda original sonora da dança horizomtal que se anunciava... e o telefone tocou.
É a Mandy, uma amiga da Jen, que precisa u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e falar com ela. E a Jen, eterna samaritana das causas perdidas, como sempre com o coração nas mãos, está lá dentro há 50 minutos a ouvir ladainhas.
Vai disto, peguei, mais por automatismo do que por costume (juro!), no telecomando e liguei o televisor no canal 6, como sempre. Estava a passar um milésimo trigésimo sexto episódio de O Sexo e a Cidade. Só não zappei logo porque uma das gajas da série tinha cruzado um gajo na rua que a convidou para ir beber um café e ela não só aceitou logo como no fim ainda lhe deu o n° de telemóvel ...sem que ele tivesse pedido!!!
E, numa deambulação do espírito, puramente sociológica (re-juro!), dei comigo a pensar: "Balelas! Mas quantas vezes é que este tipo de merdas acontece na realidade?" E antes que pudesse responder a mim próprio "Nunca!", lembrei-me da vez em que aquela francesa se meteu comigo no Marx. Em cima da hora de fecho do bar convidou-me para uma cerveja, depois para a seguir até ao (infame) "Tiffany's" em Metz. Duas horas e meia mais tarde estava no marmelanço com ela, no meu carro, frente a casa dos pais, num daqueles arredores residencais que se parecem todos uns com os outros.
Gasparices! Os tempos agora são outros, menos faustos em quantidade mas largamente compensados em qualidade. Que bom estar em casa à sexta-feira à noite, em vez de andar aos empurrões, com um copo de vodka na mão, num bar apinhado, com miúdas anoréxicas ou candidatas a tal, que nos fazem sentir pedófilos aos 34 anos, e com música de martelinhos insistente e enervante a dar a dar nas têmporas.
Estou a ficar entradote? Que se lixe. Assumo completamente os meus serões cocooning.
Voltei a devolver o pio à Carrie Bradshaw, a quem alguém dizia naquele preciso instante: "Não é que eu não tenha vontade de fazer amor. Mas tenho a impressão que as gerações antes de mim vulgarizaram tanto o sexo que banalizaram o acto!"
01h30 da manhã -
Mas como tão contrário a si é o próprio homem... quando o episódio estava no seu melhor - uma das amigas de Carrie ia começar um threesome - a Jen apareceu em lingerie sugestiva e veio sussurrar-me ao ouvido que queria compensar o tempo perdido.
Penitente, ajoelhou-se diante de mim, massajou-me os boxers, extraiu de lá o meu sexo que se fazia difícil, e prodigou-me uma convidativa felação. Eu até já nem queria. Não, não estava nada distraído com a série!!!... Mas a natureza teve razão de mim. O sangue subiu-me à cabeça e a coisa continuou com um 69 já no quarto. Não aguentando mais, ela ajustou-se em cima de mim para a grande cavalgada. Ouvi a generala Chester ordenar a carga e o tropel deflagrar sobre mim. Depois de ela se vir, pu-la de quatro para algumas investidas selváticas caninas, momento em que deixamos o bárbaro primitivo regressar a nós. Mas foi só depois de ela ficar deitada de costas, com as pernas por cima dos meus ombros e de mais algumas estocadas bem mandadas que consegui por fim também chegar à pequena morte e desfalecer afundado nela.
"Quero mudar o karma da minha cama..." disse a ruiva de O Sexo e a Cidade à amiga e eu cortei o som e insurgi-me comigo próprio: "Foda-se, mas para que é que eu estou a ver uma cretinice destas?"
Bom, talvez porque é sexta-feira à noite e porque por uma vez o Gaspar decidiu ficar em casa, no aconchego do lar, gozando o regaço morno da Jenny, agora que cultivo há três meses a monogamia exclusiva compulsiva. Calma, não é contagioso, queria experimentar... e estou a gostar. Mas, claro que, como cada bela tem o seu senão, esta relação continuada alterou por completo o meu ritmo de vida. Diurno e nocturno.
Mas é por isso que numa sexta-feira à noite estou frente à televisão a ver lamechices destas? Não! O televisor nem estava aceso.
O serão começou com uma refeição ligeira, seguido de um duche sensual. Os beijos e amassos começaram na banheira, na sequência natural das brincadeirinhas com o champô nas partes pudibundas. O piso escorregadio do local fez-nos, no entanto, optar por outra faixa de aterragem. No sofá, enrolada no seu toalhão, a Jenny recostara-se languidamente para trás, na grande almofada e estendera as pernas nuas sobre um pouf. No movimento de as deixar deslizar uma na outra, como uma femme fatale num filme pulp, o tolhão ia descaindo e desvendava ambrósias apetecíveis.
A Jen estava pronta a ser colhida, como um pêssego maduro que só espera que dois lábios sedentos venham primeiro beijar-lhe a pele em flor e depois sugar-lhe a polpa sumarenta. Eu estava a escolher um cd de chill out tango como banda original sonora da dança horizomtal que se anunciava... e o telefone tocou.
É a Mandy, uma amiga da Jen, que precisa u-r-g-e-n-t-e-m-e-n-t-e falar com ela. E a Jen, eterna samaritana das causas perdidas, como sempre com o coração nas mãos, está lá dentro há 50 minutos a ouvir ladainhas.
Vai disto, peguei, mais por automatismo do que por costume (juro!), no telecomando e liguei o televisor no canal 6, como sempre. Estava a passar um milésimo trigésimo sexto episódio de O Sexo e a Cidade. Só não zappei logo porque uma das gajas da série tinha cruzado um gajo na rua que a convidou para ir beber um café e ela não só aceitou logo como no fim ainda lhe deu o n° de telemóvel ...sem que ele tivesse pedido!!!
E, numa deambulação do espírito, puramente sociológica (re-juro!), dei comigo a pensar: "Balelas! Mas quantas vezes é que este tipo de merdas acontece na realidade?" E antes que pudesse responder a mim próprio "Nunca!", lembrei-me da vez em que aquela francesa se meteu comigo no Marx. Em cima da hora de fecho do bar convidou-me para uma cerveja, depois para a seguir até ao (infame) "Tiffany's" em Metz. Duas horas e meia mais tarde estava no marmelanço com ela, no meu carro, frente a casa dos pais, num daqueles arredores residencais que se parecem todos uns com os outros.
Gasparices! Os tempos agora são outros, menos faustos em quantidade mas largamente compensados em qualidade. Que bom estar em casa à sexta-feira à noite, em vez de andar aos empurrões, com um copo de vodka na mão, num bar apinhado, com miúdas anoréxicas ou candidatas a tal, que nos fazem sentir pedófilos aos 34 anos, e com música de martelinhos insistente e enervante a dar a dar nas têmporas.
Estou a ficar entradote? Que se lixe. Assumo completamente os meus serões cocooning.
Voltei a devolver o pio à Carrie Bradshaw, a quem alguém dizia naquele preciso instante: "Não é que eu não tenha vontade de fazer amor. Mas tenho a impressão que as gerações antes de mim vulgarizaram tanto o sexo que banalizaram o acto!"
01h30 da manhã -
Mas como tão contrário a si é o próprio homem... quando o episódio estava no seu melhor - uma das amigas de Carrie ia começar um threesome - a Jen apareceu em lingerie sugestiva e veio sussurrar-me ao ouvido que queria compensar o tempo perdido.
Penitente, ajoelhou-se diante de mim, massajou-me os boxers, extraiu de lá o meu sexo que se fazia difícil, e prodigou-me uma convidativa felação. Eu até já nem queria. Não, não estava nada distraído com a série!!!... Mas a natureza teve razão de mim. O sangue subiu-me à cabeça e a coisa continuou com um 69 já no quarto. Não aguentando mais, ela ajustou-se em cima de mim para a grande cavalgada. Ouvi a generala Chester ordenar a carga e o tropel deflagrar sobre mim. Depois de ela se vir, pu-la de quatro para algumas investidas selváticas caninas, momento em que deixamos o bárbaro primitivo regressar a nós. Mas foi só depois de ela ficar deitada de costas, com as pernas por cima dos meus ombros e de mais algumas estocadas bem mandadas que consegui por fim também chegar à pequena morte e desfalecer afundado nela.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Luxemburgo versus Bommeleeër (Bombista)
Limpar o pó debaixo do tapete
A expressão pertence a um dos deputados luxemburgueses, reagindo em catadupa face às últimas (r)evoluções que conheceu o caso Bommeleeër , na semana passada.
Depois de dissipado o rumor que envolvia um dos membros da família grã-ducal nos atentados bombistas, os investigadores voltaram a interessar-se por uma das velhas teorias – a do insider [fonte interna, neste caso, "causa interna"]. Dois polícias são agora os principais suspeitos, revelava na semana passada o Procurador de Estado, que já se insurgiu várias vezes contra as negligências cometidas pela polícia ao longo da investigação. A defesa tomada em favor dos dois suspeitos pelo director-geral da Polícia, Pierre Reuland, valeu-lhe uma reprimenda por parte de Luc Frieden. Desconfortável na sua posição de ministro da Justiça e da Defesa (abrangendo esta última o Exército e a Polícia), Frieden sancionou Reuland, admoestando-o a não mais se pronunciar sobre o dossiê. Desconfortável porque Frieden sente que poderá perder a gestão das duas pastas se deixar intensificar o braço-de-ferro entre a polícia e o sistema judicial.
Depois de alguns lamentáveis episódios (tentativas de evasão, suicídios, etc) na prisão de Schrassig, Frieden não pode deixar que mais um dossiê manche o seu mandato.
As investigações sobre os atentados apontam cada vez mais para um ou mais bombistas saídos efectivamente das fileiras da polícia, que conheciam bem as idas e vindas das forças da ordem e os locais que não estavam sob vigilância policial, tendo assim a oportunidade de cometerem 19 atentados sem serem incomodados. Além disso, uma arma pertencente a um polícia havia sido encontrada num dos locais dos atentados, pormenor que, estranhamente, nem sequer constara, até recentemente, no dossiê. Entre outros esquecimentos e desleixos (intencionais?).
A questão é: quem beneficiou com os erros e negligências cometidos durante a investigação? Não é estranho que nem as colaborações do FBI e da polícia científica alemã tenham ajudado na investigação?
Se não for resolvido este espinhoso e opaco caso, em que dominou a falta de transparência voluntária ou involuntária por parte dos investigadores ao longo de mais de duas décadas, quem mais perde é, sem dúvida, o ministro Frieden. Muito mais do qualquer outro responsável da pasta antes dele. A própria polícia e justiça luxemburguesas ficarão profundamente desacreditadas. Se não o estão já! É que a população diz à boca fechada que os verdadeiros culpados nunca serão capturados, mesmo se todos sentem que nunca se esteve tão próximo do desenlace. O mesmo povo que cicia a meia-voz que a brigada encarregada de conduzir as investigações e que fora criada há pouco tempo na altura dos acontecimentos tinha dificuldades em canalizar verbas e efectivos para o seu serviço, reivindicações que foram largamente atendidas após o início dos atentados.
Nesta verdadeira crise de duas das mais importantes instituições luxemburguesas, só a verdade pode evitar que caia "a Gëlle Fra e o Palácio Grão-Ducal" (adaptação livre da expressão portuguesa o "Carmo e a Trindade"). Apenas a verdade, confortavelmente varrida para debaixo do tapete, acabará com os rumores. Mesmo que depois provoque algumas errupções cutâneas ou alergias colectivas.
José Luís Correia (in Contacto, 05.12.07)
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