Hoje bateu uma saudade do fabuloso e visionário Mário Viegas e dos seus "filmezinhos", aqueles que a RTP2 difundia no fim dos anos 80, escondidos no meio da programação, como que um pouco apreensiva do "humor especial" do actor em plena grande époque de "hermanias". Eram feitos com poucos meios e muito talento para um país que sempre preferiu piadas revisteiras. Felizmente, hoje apareceu o Gato Fedorento, mas isso é matéria para um post posterior...
Outros mundos
Porque pensei no Mário Viegas? Porque descobri um pequeno mundo onde podemos ser todos mários viegas sem medo de sermos censurados pela extremosa televisão pública.
Como já deu para reparar nos últimos posts, o encontro de bloggers mostrou-me o acesso a outros mundos. E, sem nunca ter a pretensão de ser pioneiro em coisa alguma, posiciono-me em tudo com alguma modéstia, espírito aberto, embora por vezes, com a sensação que descubro a pólvora já depois da batalha ter terminado :-?
Não obstante e armando-me apenas com a minha curiosidade, fiz-me à teia global e em catanadas sucessivas desbravei em linha novos territórios.
Os últimos mundos que explorei foram, além do Second Life, do Universo Entropia e das GuildWars - de que aqui voltarei a falar com mais tempo -, o YouTube.
Filma-te a ti próprio!
No site YouTube-Broadcast Yourself, como o próprio nome indica, cada um pode filmar-se a si próprio com uma máquina de filmar, fotográfica ou telemóvel. As estórias que encena, vive ou presencia. Depois, é só descarregar no site.
Uma rápida incursão de neófito permite perceber que se pode encontrar de tudo. Desde excertos de filmes dos anos 40 a filmagens vídeo de aniversários caseiros, passando por videoclips esquecidos, raridades, fenómenos, catastrófes naturais, forças da natureza, brigas de gatos, acidentes de skate, luta de loiras na lama, deslizes da tv, trailers, episódios-pilotos de séries, cenas censuradas ou cortadas de filmes, etc.
Mas também, claro, muito lixo visual, à semelhança daquele tipo que filma a maneira como lava os dentes, ou o que faz um strip para a namorada, e ainda a prima de não sei quem que se mostra como uma cheerleader se deve pentear, passando as experiências com diet coke e menthos, clips de garagem de pseudo-artistas que não deviam cantar nem no chuveiro, etcêtera e tal.
E como baú de surpresas audiovisuais que é, não dispensa um controlo diário aos conteúdos por webmasters, mas que pode ser feito inclusive por aviso dos "tubonautas" através de um simples clique, caso contrário poder-se-ia rapidamente transformar em caixa de pandora. O que agradaria, por certo, aos velhos do restelo que vêem na net apenas um antro de perversões e a porta última que conduz a todos os infernos.
A mim tem-me proporcionado serões de delícia e deriva virtual. Além de ter finalmente encontrado o teledisco da Jeanette com o seu belissimo "Porque te vas", todos os dias deixo-me surpreender e maravilhar por algo.
Hoje, assisti ao espectáculo de um virtuoso da imaginação e da montagem, com muita paciência, dedicação e perseverança elaborou uma música para piano e bateria sem saber tocar qualquer um destes instrumentos (vale a pena ver até ao fim).
Nobody's watching
Como criança e adolescente que cresceu à frente da televisão portuguesa nos anos 80, confesso a minha dependência por séries norte-americanas. No YouTube fui descobrir um pseudo-reality show sit-com intitulado "Nobody's Watching" que brinca com estes dois conceitos, sendo, no entanto, o segundo. É conduzido por dois rapazolas, que nos fazem desde o primeiro episódio pensar no saudoso mas demasiado eighties "Wayne's World". Aconselho-vos a seguir as suas aventuras...
MadV
Um palavra de admiração para o MadV, ilusionista talentoso de primeiras águas, que filma os truques mais espantosos num simples recanto do seu quarto, armado de um câmara de computador, uma máscara enigmática, música electrónica e muita simplicidade. É mágico!
O YouTube permite inclusive descarregar os videos para blogs, como aqui fiz anteriormente, e muitos blogs não são mais do que sucessivos filmezinhos - são, por isso, chamados video-logs ou vlogs.
Procurei, procurei, mas nada... O assombro do site inane... Claro que ninguém ainda se lembrara de descarregar no YouTube os filmezinhos do Mário Viegas. Nem os fãs, que por ventura, tivessem na época gravado episódios, nem a RêTêPê, que prefere guardar essas preciosidades no seu labirinto de arquivos. Nem sei se esta os passa na RTP Memória. Espero que ao menos isso. Mas aqui fazes, com certeza, muito falta, Mário!
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Combustível ecológico
Automóveis a todo o gás!
O despertar ecológico dos anos 80 com as marés negras, a catástrofe nuclear de Chernóbil, o buraco na camada de ozono, o sobreaquecimento global, levou a que cada vez mais pessoas se sentissem pessoalmente empenhadas em contribuir para que se faça marcha atrás na poluição "sustentada" do planeta desde a revolução industrial e acelerada no século XX.
Mas ainda antes do Protocolo de Quioto (1997), os construtores automóveis começaram a fabricar veículos com outras energias que não as poluentes tradicionais, inspirados quiçá por uma genuína preocupação ecológica, para responder à fibra verde dos automobilistas ou lançando já as bases de tecnologias energéticas às quais terão de qualquer forma que recorrer quando o petróleo se extinguir.
O gás natural foi uma das alternativas consideradas viáveis a curto prazo, porque os motores eram fáceis de construir e a energia era mais limpa do que a gasolina ou o gasóleo, com menos cerca de 25% de emissões de dióxido de carbono.
Recalcitrantes de início, mais por desconhecimento do que por resistência a uma novidade, os automobilistas foram percebendo que além de mais barato, menos poluente, o gás era também o mais seguro dos combustíveis e que o risco de explosão era até menor do que nos veículos com outros combustíveis líquidos.
Nos automóveis a gás não existe perigo de explosão, pois além do gás natural ser mais leve do que o ar, o sistema de armazenagem e compressão é dotado de válvulas de segurança que se fecham em caso de rompimento, além de este possuir um sistema de exaustão caso ocorra um vazamento. Outro factor de segurança na utilização do gás é que, no momento do abastecimento do veículo na bomba, a operação é feita sem contacto com o ar, o que impede qualquer possibilidade de combustão.
Como incentivo à utilização deste tipo de veículos, a empresa luxemburguesa Soteg (www.soteg.lu ) oferece um prémio de mil euros aos 100 primeiros compradores de um automóvel a gás no Luxemburgo. Os automóveis a gás começaram a ganhar terreno nos anos 90. Não só cada vez mais marcas apostam em modelos com esta tecnologia ecológica, mas as próprias bombas de gasolina com instalações preparadas para abastecer automóveis com gás natural multiplicam-se a grande velocidade pelo Mundo e pela Europa. E o Luxemburgo não é excepção.
EXPLOSÃO DAS VENDAS
O primeiro autocarro a gás da companhia de transportes públicos TICE, também de Esch, começou a circular em 1995. Hoje, a companhia possui 37 veículos com este combustível limpo.
Em 2001, começaram a ser comercializados no país os primeiros modelos em série de automóveis a gás. Mas apenas uma marca importava esse género de veículos para o Grão-Ducado, o que explica que no início do ano passado circulassem no país apenas 24 automóveis a gás. A "explosão" das vendas destes veículos deu-se precisamente em 2006, tendo actualmente o número duplicado. Duas dezenas de automóveis deste tipo foram já entretanto encomendados por particulares.
Década e meia após a introdução destes veículos no mercado, circulam no planeta cerca de 5,5 milhões de automóveis a gás, dos quais uma grande maioria na Argentina (1,4 milhões de veículos), Brasil (1,2 milhões) e no Paquistão (um milhão).
A nível europeu, é incontestavelmente a Alemanha que lidera o pelotão da frente ecológico, com 720 estações de serviço onde este combustível pode ser encontrado para 50 mil carros a gás na via pública. Seguem-se-lhe a Itália, com 571 estações (e 402 mil carros), a Rússia com 206, a Ucrânia com 125, a Suíça com 71 (e 3 mil carros), a Suécia com 67, a França com apenas 15 e a Bélgica com quatro (o mesmo número que no Grão-Ducado), isto segundo dados recolhidos no site www.gibgas.de, na internet.
José Luís Correia (in Contacto, 31.01.07)
Photo: O Honda Civic GX Sedan foi considerado um dos veículos mais amigos do ambiente em 2008 pela ACEEE - American Council for an Energy Efficient Economy
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
super recordações
Alguns dias depois, ainda andamos todos a gastar energias acumuladas no entusiasmo e na efusão de sentidos galvanizados no sábado, no encontro de bloggers. Sentimos que o que fazíamos há tanto no nosso cantinho, em frente ao nosso ecrã vítreo e frio era compreendido, era uma paixão partilhada, gerava uma onda calorosa de rostos humanos, de gente bonita, sem pretensões, preconceitos ou falsas modéstias do que a de comunicar com o Mundo. Que blogar, bloguear ou o raio da coisa que andamos a fazer há tantos meses não era afinal apenas uma actividade onânica, egótica e isolada, com almejos de orgasmia intelectual.
O fabuloso Atryu, especialista em flogs, explicou-nos como fazer melhores fotos e onde albergá-las, e, nos entretantos, ia disparando à queima-roupa. As super-fotos do nosso entusiasmo podem ser vistas no flickr em www.flickr.com/photos/atryu/sets/72157594504710300/
Contem sempre comigo!
O fabuloso Atryu, especialista em flogs, explicou-nos como fazer melhores fotos e onde albergá-las, e, nos entretantos, ia disparando à queima-roupa. As super-fotos do nosso entusiasmo podem ser vistas no flickr em www.flickr.com/photos/atryu/sets/72157594504710300/
Contem sempre comigo!
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
próximas reportagens
- Redifusão de 30 Jan, 13h, no "Telejournal" da TTV
- Edição de 2 de Fevereiro do "Wort" (páginas "Multimedia")
- Edição de 3 de Fevereiro da revista "Télécran"
- Programa "Entrada Livre", na TTV, 4 de Fevereiro, 12h00
- Programa "Europa Contacto", na RTPi, 3 ou 10 de Fevereiro, 19h30
- Edição de 2 de Fevereiro do "Wort" (páginas "Multimedia")
- Edição de 3 de Fevereiro da revista "Télécran"
- Programa "Entrada Livre", na TTV, 4 de Fevereiro, 12h00
- Programa "Europa Contacto", na RTPi, 3 ou 10 de Fevereiro, 19h30
domingo, 28 de janeiro de 2007
blogdelux: primeiras reportagens
1- A reportagem na TTV (29 Jan 19h15) pode ser visionada no site do canal
2 - A reportagem da RTL (27 Jan 19h30) pode ser vista no blog do Thorben "where cookie monster commits suicide"
3 - O video do Stéphane Tauziede por ser visto no seu video-log
4- A reportagem da France 3 pode ser vista no blog do Arnolux
2 - A reportagem da RTL (27 Jan 19h30) pode ser vista no blog do Thorben "where cookie monster commits suicide"
3 - O video do Stéphane Tauziede por ser visto no seu video-log
4- A reportagem da France 3 pode ser vista no blog do Arnolux
BlogDelux Report
O primeiro encontro de bloggers do Luxemburgo e Grande Região teve lugar no sábado, 27 de Janeiro de 2007 no Bar "Autre Part", em Differdange, Sul do Grão-Ducado, a escassos quilómetros da fronteira francesa.
Durante o encontro, que reuniu durante quatro horas cerca de meia centena de bloggers e curiosos, a agência de marketing viral Culture Buzz, sediada há 5 anos no Luxemburgo, inaugurou o portal BlogDelux que repertoria cerca de 150 blogs da região e pretende tornar-se uma plataforma de encontro e intercâmbio entre bloggers do Luxemburgo e Grande Região (zona que compreende o Grão-Ducado do Luxemburgo, província belga da Valónia, os länders alemães da Sarre e da Renânia Palatinato e a região francesa da Lorena).
Reflexo das múltiplas comunidades residentes no Luxemburgo e países vizinhos, no encontro falava-se luxemburguês, francês, alemão, português, inglês, italiano, espanhol, e até romeno, checo e polaco.
Apurou-se que o pioneiro do bloguismo luxemburguês teria sido o Fireball-Where the dragon flies, criado em 2001 numa plataforma alemã por Joel Adami, na altura com 14 anos.
O primeiro blog em português do Luxemburgo, o "Luxemburgo Oficioso", foi aberto em Setembro de 2003 por Hugo Pinto, com a cumplicidade desde a primeira hora de Carlos Roso e Raúl Reis, comparsas de outras cow-boiadas.
Experiências dos internautas da blogosfera: para uns o seu blog é um diário pessoal, para outros uma página onde exprimem opiniões que não podem difundir em mais nenhum outro medium, outros ainda utilizam-no como plataforma comunitária para comunicar com outros bloggers.
Os bloggers falaram entre si das novas tendências de bd-blogues (como o "Trentenaire, marié, deux enfants") e video-blogs (como o do Stephane Tauzied, que até gravou uma reportagem sobre o encontro), foto-blogues (como o do Atryu ou o colectivo Terra de Vida), técnicas para postar fotos, referenciar o blog, em conversas espontâneas num espírito livro e de são convívio.
Desde bloggers com 16 anos de idade, que não conseguiram vencer a timidez para falar do seu blog, até à Phoebe que preferiu guardar o anonimato, a blogosfera não escolhe idades, a prová-lo Jean-Jacques Subrenat, antigo embaixador de França, que falou do seu blog político "Serenidee", ou o germano-luxemburguês Thorben Grosser, o português Oskar, o francês Arnolux e o Cyril das engraçadas e irónicas Chroniques de Luxembourg.
A imprensa não faltou: as reportagens passaram no sábado à noite na France 3 e RTL, as restantes na segunda-feira (29 Janeiro, às 19h15) na TTV, e nas próximas edições dos jornais
Contacto, Wort e Woxx e da revista Télécran.
Novo encontro marcado para breve em Metz, Arlon, Trier ou Sarrebruck.
Até lá, os caminhos virtuais são insondáveis e levam a todo o lado...
Durante o encontro, que reuniu durante quatro horas cerca de meia centena de bloggers e curiosos, a agência de marketing viral Culture Buzz, sediada há 5 anos no Luxemburgo, inaugurou o portal BlogDelux que repertoria cerca de 150 blogs da região e pretende tornar-se uma plataforma de encontro e intercâmbio entre bloggers do Luxemburgo e Grande Região (zona que compreende o Grão-Ducado do Luxemburgo, província belga da Valónia, os länders alemães da Sarre e da Renânia Palatinato e a região francesa da Lorena).
Reflexo das múltiplas comunidades residentes no Luxemburgo e países vizinhos, no encontro falava-se luxemburguês, francês, alemão, português, inglês, italiano, espanhol, e até romeno, checo e polaco.
Apurou-se que o pioneiro do bloguismo luxemburguês teria sido o Fireball-Where the dragon flies, criado em 2001 numa plataforma alemã por Joel Adami, na altura com 14 anos.
O primeiro blog em português do Luxemburgo, o "Luxemburgo Oficioso", foi aberto em Setembro de 2003 por Hugo Pinto, com a cumplicidade desde a primeira hora de Carlos Roso e Raúl Reis, comparsas de outras cow-boiadas.
Experiências dos internautas da blogosfera: para uns o seu blog é um diário pessoal, para outros uma página onde exprimem opiniões que não podem difundir em mais nenhum outro medium, outros ainda utilizam-no como plataforma comunitária para comunicar com outros bloggers.
Os bloggers falaram entre si das novas tendências de bd-blogues (como o "Trentenaire, marié, deux enfants") e video-blogs (como o do Stephane Tauzied, que até gravou uma reportagem sobre o encontro), foto-blogues (como o do Atryu ou o colectivo Terra de Vida), técnicas para postar fotos, referenciar o blog, em conversas espontâneas num espírito livro e de são convívio.
Desde bloggers com 16 anos de idade, que não conseguiram vencer a timidez para falar do seu blog, até à Phoebe que preferiu guardar o anonimato, a blogosfera não escolhe idades, a prová-lo Jean-Jacques Subrenat, antigo embaixador de França, que falou do seu blog político "Serenidee", ou o germano-luxemburguês Thorben Grosser, o português Oskar, o francês Arnolux e o Cyril das engraçadas e irónicas Chroniques de Luxembourg.
A imprensa não faltou: as reportagens passaram no sábado à noite na France 3 e RTL, as restantes na segunda-feira (29 Janeiro, às 19h15) na TTV, e nas próximas edições dos jornais
Contacto, Wort e Woxx e da revista Télécran.
Novo encontro marcado para breve em Metz, Arlon, Trier ou Sarrebruck.
Até lá, os caminhos virtuais são insondáveis e levam a todo o lado...
sábado, 27 de janeiro de 2007
BlogDelux - 1° encontro de bloggers
do Luxemburgo e Grande RegiãoAspecto da página de acolhimento do Blogdelux,
a plataforma de bloggers do Luxemburgo
do Luxemburgo e Grande RegiãoAspecto da página de acolhimento do Blogdelux,
a plataforma de bloggers do Luxemburgo
O encontro juntou cerca de meia centena de bloggers e curiosos
no bar "Autre Part" em Differdange
Lola do blog "Lola2luxe" entrevistada
por Franck Colotte (futuro blogger) e Liliana Miranda para a TTVJean-Jacques Subrenat, antigo embaixador de França, do blog político "Serenidee", e o jovem germano-luxemburguês Thorben Grosser do blog where cookie monster commits suicide
no bar "Autre Part" em Differdange
Lola do blog "Lola2luxe" entrevistada
por Franck Colotte (futuro blogger) e Liliana Miranda para a TTVJean-Jacques Subrenat, antigo embaixador de França, do blog político "Serenidee", e o jovem germano-luxemburguês Thorben Grosser do blog where cookie monster commits suicide
Hugo Pinto, Raúl Reis e Carlos Roso do blog colectivo "Luxemburgo Oficioso",
o primeiro em língua portuguesa do burgo (desde Setembro de 2003)
o primeiro em língua portuguesa do burgo (desde Setembro de 2003)
Hugo Pinto e Raúl Reis entrevistados por Michel Thiel do jornal "Wort",
sob o olhar atento de Pavla Vydrzelova.
sob o olhar atento de Pavla Vydrzelova.
Vanessa do blog "Vanou Online" e Sandy,
cúmplice de aventuras e prima do famoso Brav in the mix
Emmanuel Vivier, da agência de marketing viral "Culture Buzz"
e Lola, os organizadores do encontro
Luc Caregari, do jornal Woxx, Stéphanie Canonico e o amigo, da Culture Buzz, e Paulo Lobo, do blog "Voyages en suspens", em conversa animada
Filipe dos Santos Oliveira e Barbara Castilho, devoradores crónicos de blogues, o blogger Laurent Kratz e Stephan Schwartz
Filipe dos Santos Oliveira e Barbara Castilho, devoradores crónicos de blogues, o blogger Laurent Kratz e Stephan Schwartz
A empregada do "Autre Part", que tentei desviar para o bloguismo / L'employé de "L'Autre Part" que j'ai essayé "d'attirer" au bloguisme
sexta-feira, 26 de janeiro de 2007
Le blog qui a fait scandale en Chine
Le Livre "Journal sexuel d'une Chinoise sur le net", de Mu Zimei, a été fait a partir d'un blog qui retrace les aventures sexuelles d'une jeune Chinoise et qui a fait scandale en Chine depuis sa publication en 2003. Le livre est sortit en France, chez Albin Michel, en 2005.
La fille: "Tu veux coucher avec moi ce soir?"
Le garçon: "Pas possible. Je fais un blocage."
Elle: "Ah bon, pourquoi?"
Lui: "Tu es trop célèbre. (…) J'ai peur pour ma réputation."
Trop tard! Mu Zimei l'a déjà attrapé dans les filets de sa toile. Son blog ou weblog (journal intime sur le net) est devenu en quelques mois un des plus visités du cyber-espace chinois. Elle y raconte les rencontres et expériences sexuelles dans des soirées branchées de Canton - détails et dialogues croustillants à l'appui. Cela a fait scandale. Ses "performances sexuelles", mais surtout celles de ses amants, plus ou moins reconnaissables selon ses descriptions, sont devenues publiques et thèmes récurrents dans tous les magazines, journaux et émissions télévisées du pays.
Chinoises et Chinois accourraient au site quotidiennement. Curieux d'abord. Intéressés ou choqués ensuite.
La franchise déployée et le langage cru qu'utilise Mu Zimei - pseudonyme de la blogeuse - n'ont pas seulement bouleversé les moeurs religieuses et les traditions du peuple de l’Empire du Milieu, mais ont heurté de plein fouet la génération des anciens où les "non-dits" hantent les familles et finissent par les détruire.
Même l‘ establishment, en bon père de famille, s'en est mêlé. On soupçonna une journaliste d'un magazine branché. La fille fut intimidée, menacée d'être renvoyée, reçut des appels anonymes pendant la nuit pour fermer son blog, "honteuse fenêtre sur la débauche". Rien n'y a fait. Elle était déjà trop célèbre et les demandes d'interviews fusaient. Deux maisons d'éditions proposent de la publier. Elle finit par accepter et devient trop publique pour être la cible des pouvoirs.
Ce livre, qui raconte les aventures et mésaventures sexuelles d'une jeune Chinoise entre juin et novembre 2003, mérite d'être lu comme une radioscopie de toute la société chinoise en ce début de 21e siècle.
Mu Zimei parle de sexualité, sans tabou, si ouvertement que cela fait trembler une société aux moeurs en apparence candides et dociles, mais qui se révèlent vite débridées, parce que refouleés. Une société renfermée sur elle-même et où on ne discute jamais de ces choses-la (le sexe!), et surtout pas en dehors de la maisonnée.
Accompagnons donc les journées, qui se suivent et se ressemblent de cette jeune fille. Elle fume (de tout), boit sans relâche, sort toutes les nuits et plonge dans le monde du sexe pour se sentir à l'abri. Finalement elle se livre sur internet pour vivre, exister et oublier le suicide qui la hante.
Nous n'assistons pas simplement à une tranche de vie. La narratrice ne nous fait pas juste un compte-rendu de son quotidien mais nous rapporte aussi les histoires de ses amis et de sa famille. Ce qui nous permet un regard vu de l’intérieur d'une société qui se sent de plus en plus perdue. Une Chine avec de moins en moins de repères moraux et religieux. Des gens déchirés entre l'héritage lourd des ancêtres qui les contemplent d'un oeil réprobateur et le poids suffocant d'un État omniprésent, moralisateur et régulateur de la vie dans presque tous ses aspects. Le tout se heurtant à la vie moderne à l'occidental, à l'américaine, propagé de manière tapageuse par les magazines, télé, internet, comme seul accès au fameux happiness.
Un malaise qui atteint nos sociétés occidentales aussi. Ne serions nous finalement pas si différents de ces gens-la?...
A être lu sans un a priori voyeuriste. La Chine sur le divan freudien c'est dans le "Journal sexuel d'une Chinoise sur le net", chez Albin Michel.
Le Livre "Journal sexuel d'une Chinoise sur le net", de Mu Zimei, a été fait a partir d'un blog qui retrace les aventures sexuelles d'une jeune Chinoise et qui a fait scandale en Chine depuis sa publication en 2003. Le livre est sortit en France, chez Albin Michel, en 2005.
La fille: "Tu veux coucher avec moi ce soir?"
Le garçon: "Pas possible. Je fais un blocage."
Elle: "Ah bon, pourquoi?"
Lui: "Tu es trop célèbre. (…) J'ai peur pour ma réputation."
Trop tard! Mu Zimei l'a déjà attrapé dans les filets de sa toile. Son blog ou weblog (journal intime sur le net) est devenu en quelques mois un des plus visités du cyber-espace chinois. Elle y raconte les rencontres et expériences sexuelles dans des soirées branchées de Canton - détails et dialogues croustillants à l'appui. Cela a fait scandale. Ses "performances sexuelles", mais surtout celles de ses amants, plus ou moins reconnaissables selon ses descriptions, sont devenues publiques et thèmes récurrents dans tous les magazines, journaux et émissions télévisées du pays.
Chinoises et Chinois accourraient au site quotidiennement. Curieux d'abord. Intéressés ou choqués ensuite.
La franchise déployée et le langage cru qu'utilise Mu Zimei - pseudonyme de la blogeuse - n'ont pas seulement bouleversé les moeurs religieuses et les traditions du peuple de l’Empire du Milieu, mais ont heurté de plein fouet la génération des anciens où les "non-dits" hantent les familles et finissent par les détruire.
Même l‘ establishment, en bon père de famille, s'en est mêlé. On soupçonna une journaliste d'un magazine branché. La fille fut intimidée, menacée d'être renvoyée, reçut des appels anonymes pendant la nuit pour fermer son blog, "honteuse fenêtre sur la débauche". Rien n'y a fait. Elle était déjà trop célèbre et les demandes d'interviews fusaient. Deux maisons d'éditions proposent de la publier. Elle finit par accepter et devient trop publique pour être la cible des pouvoirs.
Ce livre, qui raconte les aventures et mésaventures sexuelles d'une jeune Chinoise entre juin et novembre 2003, mérite d'être lu comme une radioscopie de toute la société chinoise en ce début de 21e siècle.
Mu Zimei parle de sexualité, sans tabou, si ouvertement que cela fait trembler une société aux moeurs en apparence candides et dociles, mais qui se révèlent vite débridées, parce que refouleés. Une société renfermée sur elle-même et où on ne discute jamais de ces choses-la (le sexe!), et surtout pas en dehors de la maisonnée.
Accompagnons donc les journées, qui se suivent et se ressemblent de cette jeune fille. Elle fume (de tout), boit sans relâche, sort toutes les nuits et plonge dans le monde du sexe pour se sentir à l'abri. Finalement elle se livre sur internet pour vivre, exister et oublier le suicide qui la hante.
Nous n'assistons pas simplement à une tranche de vie. La narratrice ne nous fait pas juste un compte-rendu de son quotidien mais nous rapporte aussi les histoires de ses amis et de sa famille. Ce qui nous permet un regard vu de l’intérieur d'une société qui se sent de plus en plus perdue. Une Chine avec de moins en moins de repères moraux et religieux. Des gens déchirés entre l'héritage lourd des ancêtres qui les contemplent d'un oeil réprobateur et le poids suffocant d'un État omniprésent, moralisateur et régulateur de la vie dans presque tous ses aspects. Le tout se heurtant à la vie moderne à l'occidental, à l'américaine, propagé de manière tapageuse par les magazines, télé, internet, comme seul accès au fameux happiness.
Un malaise qui atteint nos sociétés occidentales aussi. Ne serions nous finalement pas si différents de ces gens-la?...
A être lu sans un a priori voyeuriste. La Chine sur le divan freudien c'est dans le "Journal sexuel d'une Chinoise sur le net", chez Albin Michel.
Tenho saudades...
- da minha tia
- da Mina, da Mariana
- do meu amigo de infância, Pascal Grisius, que nunca mais vi
- do professor Gonzaga que me ensinou a gostar de Literatura e do professor Louro que me fez perceber o que era a poesia
- de construir naves intersiderais com lego
- da Quinta Dimensão e do "Lentes de Contacto" na RTP 2
- das conversas na cantina da escola
- das bicicletas BMX e da pista quebra-ossos que construimos na mata do Pontal
- do tempo em que ainda gostava de bollycaos
- das corridas de caricas na estrada de terra batida
- de cantar "oh, ivone, oh ivone, goodbye my love"
- de namorar as meninas da Quinta do Eucalipto em frente ao Paquete na praia
- da Sylvie me dizer que agora havia uma música nova chamada "acid" que viria a ser o techno
- das discotecas Sherazad, Olympus e Trigonometria
- da rua do Prior quando ainda era a rua do Crime
- da minhas intensas investigações nas bibliotecas e arquivos da cidade para provar que a Atlântida tinha existido
- de brincar ao pião e aos carrinhos no Ciclo D. Afonso III
- da visita de estudos a Santarém e à casa da Joaninha das "Viagens na minha Terra"
- dos concursos de break-dance na escola
- de ler os pregões do Blitz com entusiasmo genunino, às terças-feiras de manhã
- dos Duran Duran, Depeche Mode, Cure, Velvet Underground
- de brincar ao jogo da barra, às escondidas, ao stop no amendoal do Tio Cabrita
- de ver a Bélinha a nadar no tanque atrás da sua casa
- das longas conversas com o Emanuel sobre a vida, o amor e o futuro, enquanto coleccionávamos paus de gelado e tampas de canetas para construirmos naves
- da horta e da cabana que construi com o Luís
- do meu primeiro poema para a Zélia Santos
- do beijo que nunca dei no 7° ano
- do primeiro beijo na praia ao luar (mágico), anos mais tarde
- das aulas de desenho nesse mesmo 7° ano, ao sábado de manhã, que eu detestava por serem de desenho e ao sábado de manhã
- de jogar ao Pacman no ZX-Spectrum do meu irmão e do barulho das cassetes a entrarem o programa
- de juntar a merenda com os amigos e ir almoçar para o Jardim da Alameda
- de faltar às aulas à sexta-feira para ir para a Ilha do Farol
- dos locutores brasileiros nas rádios quando ainda não havia rádios brasileiras
- dos baile de fim de ano na escola a dançar ao som do grupo que viria a ser os "Entre Aspas"
- de comer figos de pita, pernas de pau, sumóis de laranja nas pequenas garrafas de vidro verde - de comprar chicletes Gorila na venda da Dona Bórinha
- da professora Idalécia e das aulas de teatro
- do Edgar Palma, timido, mas fanático por Pink Floyd
- da Coke, do João Pessoa, da Ana Serra, da Dora, do Cláudio (as nossas "filas" na rua de santo antónio!), da Susana Guerreiro, do Cuco, do Fernando Martinheira, da Patrícia Rita, da Kátia Silva, da Verónica Francisco, da Ana Portugal, da Margarete, da Sandra Rocheta e da minha querida, querida Susana Nogueira (kisses on the wind)
- Como a ideia original não é minha, aqui fica a devida reverência à Lis que me deu vontade de pensar em coisas bonitas :-) e que me fez reflectir que afinal é das pessoas de quem mais temos saudades
- da minha tia
- da Mina, da Mariana
- do meu amigo de infância, Pascal Grisius, que nunca mais vi
- do professor Gonzaga que me ensinou a gostar de Literatura e do professor Louro que me fez perceber o que era a poesia
- de construir naves intersiderais com lego
- da Quinta Dimensão e do "Lentes de Contacto" na RTP 2
- das conversas na cantina da escola
- das bicicletas BMX e da pista quebra-ossos que construimos na mata do Pontal
- do tempo em que ainda gostava de bollycaos
- das corridas de caricas na estrada de terra batida
- de cantar "oh, ivone, oh ivone, goodbye my love"
- de namorar as meninas da Quinta do Eucalipto em frente ao Paquete na praia
- da Sylvie me dizer que agora havia uma música nova chamada "acid" que viria a ser o techno
- das discotecas Sherazad, Olympus e Trigonometria
- da rua do Prior quando ainda era a rua do Crime
- da minhas intensas investigações nas bibliotecas e arquivos da cidade para provar que a Atlântida tinha existido
- de brincar ao pião e aos carrinhos no Ciclo D. Afonso III
- da visita de estudos a Santarém e à casa da Joaninha das "Viagens na minha Terra"
- dos concursos de break-dance na escola
- de ler os pregões do Blitz com entusiasmo genunino, às terças-feiras de manhã
- dos Duran Duran, Depeche Mode, Cure, Velvet Underground
- de brincar ao jogo da barra, às escondidas, ao stop no amendoal do Tio Cabrita
- de ver a Bélinha a nadar no tanque atrás da sua casa
- das longas conversas com o Emanuel sobre a vida, o amor e o futuro, enquanto coleccionávamos paus de gelado e tampas de canetas para construirmos naves
- da horta e da cabana que construi com o Luís
- do meu primeiro poema para a Zélia Santos
- do beijo que nunca dei no 7° ano
- do primeiro beijo na praia ao luar (mágico), anos mais tarde
- das aulas de desenho nesse mesmo 7° ano, ao sábado de manhã, que eu detestava por serem de desenho e ao sábado de manhã
- de jogar ao Pacman no ZX-Spectrum do meu irmão e do barulho das cassetes a entrarem o programa
- de juntar a merenda com os amigos e ir almoçar para o Jardim da Alameda
- de faltar às aulas à sexta-feira para ir para a Ilha do Farol
- dos locutores brasileiros nas rádios quando ainda não havia rádios brasileiras
- dos baile de fim de ano na escola a dançar ao som do grupo que viria a ser os "Entre Aspas"
- de comer figos de pita, pernas de pau, sumóis de laranja nas pequenas garrafas de vidro verde - de comprar chicletes Gorila na venda da Dona Bórinha
- da professora Idalécia e das aulas de teatro
- do Edgar Palma, timido, mas fanático por Pink Floyd
- da Coke, do João Pessoa, da Ana Serra, da Dora, do Cláudio (as nossas "filas" na rua de santo antónio!), da Susana Guerreiro, do Cuco, do Fernando Martinheira, da Patrícia Rita, da Kátia Silva, da Verónica Francisco, da Ana Portugal, da Margarete, da Sandra Rocheta e da minha querida, querida Susana Nogueira (kisses on the wind)
- Como a ideia original não é minha, aqui fica a devida reverência à Lis que me deu vontade de pensar em coisas bonitas :-) e que me fez reflectir que afinal é das pessoas de quem mais temos saudades
quarta-feira, 24 de janeiro de 2007
assola-me a noite inane
...são 22h13, um telefone que toca no vazio, não atender, quem será? a sensação de estar noutro lugar, alhures, não sei bem onde e viver uma cena que repudio, mas que adivinho, mais cedo ou mais tarde tudo acaba por acontecer, já sabemos, mas não queremos ver...
Flashback de seis horas. Sol de Inverno, lá fora. Na rádio Kelly Clarkson e eu a tentar concentrar-me no trabalho ao ritmo do teen spirit.
Um telefonema em plena tarde. Do outro lado do mar. Não é o Paulo de Nova Iorque. Uma mulher. Mas não é a Raquel, de Houston, nem tão pouco a Maria do Céu, do Leblon, no Rio. É Toronto. Uma voz do passado. Uma voz triste, apagada, magoada. Percorre-me o sangue o veneno que destilei numa manhã gelada de Janeiro e que apenas basta lembrar para me voltar a acicutar.
- Não leves a mal, já me esqueci da teu disparo, quase não morri, quase não chorei, fugi para outro hemisfério...
Fala-me do Líbano, do Egipto.
- Na Primavera, o México é tão bonito! E Marraquexe... Mas o Cairo... ah, o Cairo! Encruzilhada de rosas dos ventos, rosas do deserto, a Casbah atarefada, as ruelas, a turba dos mercadores, os cheiros mesclados, acafrão, caril e canela, chá de hortelã-pimenta no estio para resfrescar, os cantares alegres das mulheres, a oração, a vigília, o silêncio no deserto, o Nilo à noite, a madrugada sossegada e estrelada...
Foge para a frente. Voltar a quê, para quê? Nada faz sentido do que se faz ou se fez, excepto o que se fez com o sentido de ser. Um ocaso nos Cárpatos já tão longíquo...
- Se soubesses como lamento aquela manhã...
- Não peças desculpa! Se foste sincero no beijo, que mais posso querer?...
O que eu queria não era um perdão, era uma consciência tranquila. Nem no derradeiro momento fui corajoso. E hoje, que faço aqui, aguardando a noite inane? o telefone insiste e eu temendo saber quem é...
- Estou! Quem é?
...são 22h13, um telefone que toca no vazio, não atender, quem será? a sensação de estar noutro lugar, alhures, não sei bem onde e viver uma cena que repudio, mas que adivinho, mais cedo ou mais tarde tudo acaba por acontecer, já sabemos, mas não queremos ver...
Flashback de seis horas. Sol de Inverno, lá fora. Na rádio Kelly Clarkson e eu a tentar concentrar-me no trabalho ao ritmo do teen spirit.
Um telefonema em plena tarde. Do outro lado do mar. Não é o Paulo de Nova Iorque. Uma mulher. Mas não é a Raquel, de Houston, nem tão pouco a Maria do Céu, do Leblon, no Rio. É Toronto. Uma voz do passado. Uma voz triste, apagada, magoada. Percorre-me o sangue o veneno que destilei numa manhã gelada de Janeiro e que apenas basta lembrar para me voltar a acicutar.
- Não leves a mal, já me esqueci da teu disparo, quase não morri, quase não chorei, fugi para outro hemisfério...
Fala-me do Líbano, do Egipto.
- Na Primavera, o México é tão bonito! E Marraquexe... Mas o Cairo... ah, o Cairo! Encruzilhada de rosas dos ventos, rosas do deserto, a Casbah atarefada, as ruelas, a turba dos mercadores, os cheiros mesclados, acafrão, caril e canela, chá de hortelã-pimenta no estio para resfrescar, os cantares alegres das mulheres, a oração, a vigília, o silêncio no deserto, o Nilo à noite, a madrugada sossegada e estrelada...
Foge para a frente. Voltar a quê, para quê? Nada faz sentido do que se faz ou se fez, excepto o que se fez com o sentido de ser. Um ocaso nos Cárpatos já tão longíquo...
- Se soubesses como lamento aquela manhã...
- Não peças desculpa! Se foste sincero no beijo, que mais posso querer?...
O que eu queria não era um perdão, era uma consciência tranquila. Nem no derradeiro momento fui corajoso. E hoje, que faço aqui, aguardando a noite inane? o telefone insiste e eu temendo saber quem é...
- Estou! Quem é?
O mapa cor de Kapuscinski
Faleceu ontem (23 Jan. 2007) de doença grave em Varsóvia o escritor e jornalist a polaco Ryszard Kapuscinski . Tinha 74 anos. Era considerado um dos melhores repórteres de guerra do Mundo e o autor contemporâneo de não-ficção mais corajoso sobre geopolítica, tendo sido diversas premiado com distinções internacionais e prestigiosas, várias vezes nomeado para o Prémio Nobel da Literatura. Em 1999, recebu o Prémio de Melhor Jornalista Polaco do século.
Ryszard nasceu em 1932, em Pinsk, na leste da Polónia (hoje situado na Bielorússia), para onde os pais de origem modesta, mas ambos professores do ensino básico, tinham sido enviados. Em 1945, a sua família mudou-se para a capital polaca, onde RK se formou em História. Começou no jornalismo aos 17 anos, tendo trabalhado para agência polaca de imprensa, para o maior diário polaco "Gazeta Wyborzca" e para os jornais e revistas mais prestigiados do Mundo.
A partir dos anos 50, foi correspondente de imprensa na Ásia, Médio Oriente, América Latina e África, tendo calcorreado mundo e meio. Mas foi a África que sempre regressou.
Pôs o pé em África pela primeira vez em 1957. E foi amor à primeira vista. Lá voltou a conforntar-se com a pobreza extrema da sua infância. "Eu sei o que é caminhar descalço, ainda hoje me sinto mal nos hóteis de luxo, prefiro a companhia dos nómadas", repetiu muitas vezes.
A sua grande ligação ao continente negro, onde voltou repetidas vezes, resultou em várias obras famosas como "Negus" e "Heban". Durante quase 40 anos, percorreu África de lés-a-lés, escreve no prefácio do seu livro "Heban" (Ébano), "evitando os intinerários oficiais, os palácios, os homens importantes e a grande política". Repetindo sempre que recusava o jornalismo do quarto de hotel com ar condicionado, lembra na nota introdutória deste livro que sempre preferiu deslocar-se "num camião em segunda mão, correr o deserto com os nómadas, ser o hóspede da savana tropical. A vida destes é um lamento, uma tormenta que suportam com uma resistência e uma serenidade incríveis", descreve.
Fala de África e das suas gentes como um olhar humanista, não de etnólogo frio e distante, mas deixando-se apaixonar pelo que ia descobrindo. As gentes e a terra. Mas detestava os políticos que (des)governam África.
Nas suas póprias palavras, "a África é um continente demasiado vasto para ser descrito. É um verdadeiro oceano, um planeta à parte, um cosmos heterogéneo e muito rico. Dizemos 'África' mas é uma simplificação sumário e cómoda. na realidade, à parte a noção geográfica, a África não existe."
No livro "Heban" assiste à descolonização mas também à vida quotidiana, algo destabilizadora para um europeu. Assistiu a guerras civis e tribais atravessando o Gana, Uganda, Tanzânia, Etiópia, Zanzibar, Libéria, Ruanda, Mali, Sudão, Nigéria e Senegal. Neste livro percebe-se, por exemplo, a origem complexa dos genocídios no Ruanda.
Era um poeta na linha da frente. Em 1981 começou também a fazer fotografias. Via o mundo transformar-se com um olhar de criança. Não um olhar ingénuo e infantil, mas puro e despojado de preconceito.
Recordo um artigo que escreveu há um no "Monde Diplomatique" sobre a tolerância e o nosso comportamento face a outros povos e culturas.
Escreveu mais de 20 livros não apenas sobre África, mas igualmente sobre a União Soviética, o Irão (Shah), a América Latina (The Soccer Wars).
Com 74 anos, planeava ainda escrever vários livros: um sobre a América Latina, outro sobre o Pacífico, bem como uma obra sobre Bronislaw Malinowski, um conterrâneo seu considerado o pai da Etnologia. Chegou a revelar que seria um tentativa de resposta a Huntington, que considera o choque de culturas como um perigo, enquanto que Kapuscinski via nesse encontro uma oportunidade para a Humanidade.
Faleceu ontem (23 Jan. 2007) de doença grave em Varsóvia o escritor e jornalist a polaco Ryszard Kapuscinski . Tinha 74 anos. Era considerado um dos melhores repórteres de guerra do Mundo e o autor contemporâneo de não-ficção mais corajoso sobre geopolítica, tendo sido diversas premiado com distinções internacionais e prestigiosas, várias vezes nomeado para o Prémio Nobel da Literatura. Em 1999, recebu o Prémio de Melhor Jornalista Polaco do século.
Ryszard nasceu em 1932, em Pinsk, na leste da Polónia (hoje situado na Bielorússia), para onde os pais de origem modesta, mas ambos professores do ensino básico, tinham sido enviados. Em 1945, a sua família mudou-se para a capital polaca, onde RK se formou em História. Começou no jornalismo aos 17 anos, tendo trabalhado para agência polaca de imprensa, para o maior diário polaco "Gazeta Wyborzca" e para os jornais e revistas mais prestigiados do Mundo.
A partir dos anos 50, foi correspondente de imprensa na Ásia, Médio Oriente, América Latina e África, tendo calcorreado mundo e meio. Mas foi a África que sempre regressou.
Pôs o pé em África pela primeira vez em 1957. E foi amor à primeira vista. Lá voltou a conforntar-se com a pobreza extrema da sua infância. "Eu sei o que é caminhar descalço, ainda hoje me sinto mal nos hóteis de luxo, prefiro a companhia dos nómadas", repetiu muitas vezes.
A sua grande ligação ao continente negro, onde voltou repetidas vezes, resultou em várias obras famosas como "Negus" e "Heban". Durante quase 40 anos, percorreu África de lés-a-lés, escreve no prefácio do seu livro "Heban" (Ébano), "evitando os intinerários oficiais, os palácios, os homens importantes e a grande política". Repetindo sempre que recusava o jornalismo do quarto de hotel com ar condicionado, lembra na nota introdutória deste livro que sempre preferiu deslocar-se "num camião em segunda mão, correr o deserto com os nómadas, ser o hóspede da savana tropical. A vida destes é um lamento, uma tormenta que suportam com uma resistência e uma serenidade incríveis", descreve.
Fala de África e das suas gentes como um olhar humanista, não de etnólogo frio e distante, mas deixando-se apaixonar pelo que ia descobrindo. As gentes e a terra. Mas detestava os políticos que (des)governam África.
Nas suas póprias palavras, "a África é um continente demasiado vasto para ser descrito. É um verdadeiro oceano, um planeta à parte, um cosmos heterogéneo e muito rico. Dizemos 'África' mas é uma simplificação sumário e cómoda. na realidade, à parte a noção geográfica, a África não existe."
No livro "Heban" assiste à descolonização mas também à vida quotidiana, algo destabilizadora para um europeu. Assistiu a guerras civis e tribais atravessando o Gana, Uganda, Tanzânia, Etiópia, Zanzibar, Libéria, Ruanda, Mali, Sudão, Nigéria e Senegal. Neste livro percebe-se, por exemplo, a origem complexa dos genocídios no Ruanda.
Era um poeta na linha da frente. Em 1981 começou também a fazer fotografias. Via o mundo transformar-se com um olhar de criança. Não um olhar ingénuo e infantil, mas puro e despojado de preconceito.
Recordo um artigo que escreveu há um no "Monde Diplomatique" sobre a tolerância e o nosso comportamento face a outros povos e culturas.
Escreveu mais de 20 livros não apenas sobre África, mas igualmente sobre a União Soviética, o Irão (Shah), a América Latina (The Soccer Wars).
Com 74 anos, planeava ainda escrever vários livros: um sobre a América Latina, outro sobre o Pacífico, bem como uma obra sobre Bronislaw Malinowski, um conterrâneo seu considerado o pai da Etnologia. Chegou a revelar que seria um tentativa de resposta a Huntington, que considera o choque de culturas como um perigo, enquanto que Kapuscinski via nesse encontro uma oportunidade para a Humanidade.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
cloud again
Fragment of water
fighting the canyon
shortcuting trough rocks and falls
vain evasion to avoid the dispersion of atoms.
One morning I fell in love with the sedentary dew
of the riverside, but the dream
of a bee around a pomegrenate
broke paradise, teared me apart.
I wanted to go back in the inexorable
time which flows… but the next day
I was in another shore, kissing a different ground.
I’m running against my will
sliding trough the world and trough life.
Once I was pure spring, dissolvent rain,
simple mud in the waterfront.
Now I’im a river
longing for the sea,
my promised homeland.
When I arrive, I know you’ll be waiting for me
so that we can be a cloud again.
080204
Fragment of water
fighting the canyon
shortcuting trough rocks and falls
vain evasion to avoid the dispersion of atoms.
One morning I fell in love with the sedentary dew
of the riverside, but the dream
of a bee around a pomegrenate
broke paradise, teared me apart.
I wanted to go back in the inexorable
time which flows… but the next day
I was in another shore, kissing a different ground.
I’m running against my will
sliding trough the world and trough life.
Once I was pure spring, dissolvent rain,
simple mud in the waterfront.
Now I’im a river
longing for the sea,
my promised homeland.
When I arrive, I know you’ll be waiting for me
so that we can be a cloud again.
080204
"Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer."
"Ce qui nous importe c'est le lieu oú nous sommes. Il y a assez de beauté a être ici et pas quelconque ailleurs." - Alberto Caeiro (aka Fernando Pessoa)
estar noutra parte
to be elsewhere
être ailleurs
autre part
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer."
"Ce qui nous importe c'est le lieu oú nous sommes. Il y a assez de beauté a être ici et pas quelconque ailleurs." - Alberto Caeiro (aka Fernando Pessoa)
estar noutra parte
to be elsewhere
être ailleurs
autre part
estar en otra parte
é estar aqui, it's to be here, c'est être ici, es estar aqui!
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
cadafalso
Desta vez, o deserto não há-de vencer,
não há-de engolir-me os pulmões com pó.
O que foi depois daquela tempestade,
quando o rio desfez o convés antes de chegar à foz?
Já não queria lembra-me desse dia de mau augúrio,
o apóstolo mentiu, o fim do mundo voltou.
Avisto da torre de vigia,
as nuvens negras do juízo final
engordarem o céu ao horizonte
e anunciarem a trovoada.
Vale a pena enfunar as velas para salvar o navio?,
ele já viu tantas!
Hoje não sinto medo,
eu sabia que este dia ia chegar,
os meus dedos impávidos ainda cheiram a sangue e pólvora,
fiz demasiado mal para me safar daqui assim,
desta vez é a minha vez.
A onda de choque não me há-de arrancar do chão,
fecho as goelas ao maremoto, os olhos ao tufão,
a electricidade há-de correr-me o corpo,
e eu hei-de ficar de pé,
rindo patibular dos meus algozes e carrascos,
mesmo se a multidão em delírio de espectáculo,
já não escutar as minhas derradeiras palavras:
"25 men on a dead man's chest,
yo ho ho and a bottle of rum!..."
Tenho sede, mas nem o céu há-de vir em meu auxílio.
17012007
Desta vez, o deserto não há-de vencer,
não há-de engolir-me os pulmões com pó.
O que foi depois daquela tempestade,
quando o rio desfez o convés antes de chegar à foz?
Já não queria lembra-me desse dia de mau augúrio,
o apóstolo mentiu, o fim do mundo voltou.
Avisto da torre de vigia,
as nuvens negras do juízo final
engordarem o céu ao horizonte
e anunciarem a trovoada.
Vale a pena enfunar as velas para salvar o navio?,
ele já viu tantas!
Hoje não sinto medo,
eu sabia que este dia ia chegar,
os meus dedos impávidos ainda cheiram a sangue e pólvora,
fiz demasiado mal para me safar daqui assim,
desta vez é a minha vez.
A onda de choque não me há-de arrancar do chão,
fecho as goelas ao maremoto, os olhos ao tufão,
a electricidade há-de correr-me o corpo,
e eu hei-de ficar de pé,
rindo patibular dos meus algozes e carrascos,
mesmo se a multidão em delírio de espectáculo,
já não escutar as minhas derradeiras palavras:
"25 men on a dead man's chest,
yo ho ho and a bottle of rum!..."
Tenho sede, mas nem o céu há-de vir em meu auxílio.
17012007
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
O blogger como "influenciador"
1 - Segundo o motor de busca norte-americano Tecnorati e o instituto de sondagem francês Ipsos, os blogs serão considerados, dentro de 10 anos, um meio de comunicação social ao mesmo nível dos outros.
2 - Os dois organismos falam de um novo poder do blogger: ser simultaneamente produtor e consumidor de informação, influenciando pro-activamente não só conhecidos e vizinhos como comunidades mais largas.
3- Segundo o encontro de bloggers Web3, que se realizou em Paris, em Dezembro, existiam 60 milhões de blogs no fim Setembro de 2006.
4- Estimativas do gabinete de estudos Gartner, o número de bloggers deve rondar os 100 milhões em Janeiro de 2007, revela Philippe Thureau-Dangin, director da Redacção do “Courrier International” (edição francesa), na edição de 4 de Janeiro de 2007.
5 - Para o responsável do semanário francês, os bloggers são “jornalistas do seu quotidiano”.
6- São criados 3 milhões de blogs por mês no Mundo
7 - Em 2005, foram criados 13 milhões de blogs, segundo uma crónica publicada em Dezembro de 2006 por Teresa Bouza, da agência espanhola EFE.
8- A revista norte-americana "Time" elegeu o internauta anónimo como "Personalidade do Ano 2006", decisão que se deveu, explicam, ao crescimento explosivo e à influência de conteúdos da internet como blogs, vídeos de sites como o YouTube e redes sociais como o MySpace, Hi5, Meetic.
9- A mui séria agência de imprensa internacional Reuters assinou em Novembro de 2006 uma parceria com a plataforma norte-americana Pluck (http://www.pluck.com/), que administra milhares de blogs. A Reuters começou a propôr, a par das suas notícias em linha, informações que fazem parte do conteúdo de blogues, promovendo o que apelida de “social networking” (teia de contactos e informacão social).
1 - Segundo o motor de busca norte-americano Tecnorati e o instituto de sondagem francês Ipsos, os blogs serão considerados, dentro de 10 anos, um meio de comunicação social ao mesmo nível dos outros.
2 - Os dois organismos falam de um novo poder do blogger: ser simultaneamente produtor e consumidor de informação, influenciando pro-activamente não só conhecidos e vizinhos como comunidades mais largas.
3- Segundo o encontro de bloggers Web3, que se realizou em Paris, em Dezembro, existiam 60 milhões de blogs no fim Setembro de 2006.
4- Estimativas do gabinete de estudos Gartner, o número de bloggers deve rondar os 100 milhões em Janeiro de 2007, revela Philippe Thureau-Dangin, director da Redacção do “Courrier International” (edição francesa), na edição de 4 de Janeiro de 2007.
5 - Para o responsável do semanário francês, os bloggers são “jornalistas do seu quotidiano”.
6- São criados 3 milhões de blogs por mês no Mundo
7 - Em 2005, foram criados 13 milhões de blogs, segundo uma crónica publicada em Dezembro de 2006 por Teresa Bouza, da agência espanhola EFE.
8- A revista norte-americana "Time" elegeu o internauta anónimo como "Personalidade do Ano 2006", decisão que se deveu, explicam, ao crescimento explosivo e à influência de conteúdos da internet como blogs, vídeos de sites como o YouTube e redes sociais como o MySpace, Hi5, Meetic.
9- A mui séria agência de imprensa internacional Reuters assinou em Novembro de 2006 uma parceria com a plataforma norte-americana Pluck (http://www.pluck.com/), que administra milhares de blogs. A Reuters começou a propôr, a par das suas notícias em linha, informações que fazem parte do conteúdo de blogues, promovendo o que apelida de “social networking” (teia de contactos e informacão social).
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
Blog DeLux
O primeiro encontro de bloggers
do Luxemburgo e da Grande Região
Transmito a mensagem da parte do pessoal do "Blog Delux", que vai organizar uma iniciativa interessante, estreia absoluta no Grão-ducado, e que merece, a meu ver, ampla divulgação:
Com o objectivo de reunir gente em torno de uma paixão comum que é o blogging, uma comunidade de bloggers do Luxemburgo e da Grande Região, convida todos os interessados e curiosos para o primeiro encontro de bloggers do Grão-Ducado. Para dinamizar a comunidade dos blogs e criar o "Blog Delux", associaram-se à "Culture Buzz", uma agência de marketing alternativa.
Este encontro, terá lugar no sábado, 27 de Janeiro, a partir das 14h, no restaurante-bar-lounge "Autre Part" em Differdange, que nos acolherá num quadro elegante e contemporâneo. O primeiro encontro pretende ser um evento de convívio, aberto e animado para travar conhecimento com os bloggers do Luxemburgo e da Grande Região, mas também para todos os curiosos do fenómeno dos blogs. O estabelecimento está equipado com ligação gratuita à internet em modo wireless (sem fios), o que proporcionará a cada visitante participar de forma prática e partilhar esses momentos "ao vivo", de uma maneira interactiva.
O "Blog Delux" não tem vocação comercial e pretende ser uma oportunidade única de trocar, partilhar e comunicar ideias e opiniões sobre o fenómeno crescente dos blogs e do Web 2.0, esse famoso participativo internet de que todos falam... Nesse sentido, dois especialistas da "Culture Buzz" estarão igualmente presentes para fornecer alguns conselhos e responder a todas as eventuais questões.
Numa pequena sala de projecção que o estabelecimento possui, confortável e de livre acesso, terão lugar as discussões que se querem animadas e que serão subordinadas a diferentes temáticas:
- O que representa hoje o fenómeno blog
- Blog e vida profissional
- Como melhorar a visibilidade do seu blog
- Comparação das diferentes plataformas
- Como tornar o seu blog uma plataforma de convívio
- … etc
Para esta ocasião, a "Culture Buzz" criou um blog (http://www.blogdelux.lu) que contém todas as informações práticas e que será regularmente actualizado com informações sobre o país, eventos, blogs, internet... Um banner interactivo foi também já enviado aos primeiros bloggers que desejem juntar-se à iniciativa. Clique no banner na barra do lado para inclui-lo no vosso blog.
A propósito da "Culture Buzz"
A "Culture-Buzz", agência blog, viral e de buzz marketing do Grupo Vanksen, já trabalhou com numerosas marcas como a Warner Bros, Ubisoft, 20th Century Fox, Canal Plus, Sony e Nokia para a criação de acções ou aplicações virais ou aplicações virais online e offline. A "Culture-Buzz" é membro da "Viral & Buzz Marketing Association" (http://www.vbma.net), operando a nível europeu.
Com 700 artigos e 165.000 páginas consultadas/mês, o blog Culture-buzz.com tornou-se o primeiro portal francófono sobre temas urbanos, descodificando semanalmente o blog, o buzz e o marketing viral bem como todas as tendências alternativas: guerrilla e street marketing. "BuzzParadise" é a nossa plateforma internacional de relações entre as marcas e os "influenciadores".
Para mais informações:
http://www.blogdelux.lu
http://www.culture-buzz.com
http://lolastheme.typepad.com/
O primeiro encontro de bloggers
do Luxemburgo e da Grande Região
Transmito a mensagem da parte do pessoal do "Blog Delux", que vai organizar uma iniciativa interessante, estreia absoluta no Grão-ducado, e que merece, a meu ver, ampla divulgação:
Com o objectivo de reunir gente em torno de uma paixão comum que é o blogging, uma comunidade de bloggers do Luxemburgo e da Grande Região, convida todos os interessados e curiosos para o primeiro encontro de bloggers do Grão-Ducado. Para dinamizar a comunidade dos blogs e criar o "Blog Delux", associaram-se à "Culture Buzz", uma agência de marketing alternativa.
Este encontro, terá lugar no sábado, 27 de Janeiro, a partir das 14h, no restaurante-bar-lounge "Autre Part" em Differdange, que nos acolherá num quadro elegante e contemporâneo. O primeiro encontro pretende ser um evento de convívio, aberto e animado para travar conhecimento com os bloggers do Luxemburgo e da Grande Região, mas também para todos os curiosos do fenómeno dos blogs. O estabelecimento está equipado com ligação gratuita à internet em modo wireless (sem fios), o que proporcionará a cada visitante participar de forma prática e partilhar esses momentos "ao vivo", de uma maneira interactiva.
O "Blog Delux" não tem vocação comercial e pretende ser uma oportunidade única de trocar, partilhar e comunicar ideias e opiniões sobre o fenómeno crescente dos blogs e do Web 2.0, esse famoso participativo internet de que todos falam... Nesse sentido, dois especialistas da "Culture Buzz" estarão igualmente presentes para fornecer alguns conselhos e responder a todas as eventuais questões.
Numa pequena sala de projecção que o estabelecimento possui, confortável e de livre acesso, terão lugar as discussões que se querem animadas e que serão subordinadas a diferentes temáticas:
- O que representa hoje o fenómeno blog
- Blog e vida profissional
- Como melhorar a visibilidade do seu blog
- Comparação das diferentes plataformas
- Como tornar o seu blog uma plataforma de convívio
- … etc
Para esta ocasião, a "Culture Buzz" criou um blog (http://www.blogdelux.lu) que contém todas as informações práticas e que será regularmente actualizado com informações sobre o país, eventos, blogs, internet... Um banner interactivo foi também já enviado aos primeiros bloggers que desejem juntar-se à iniciativa. Clique no banner na barra do lado para inclui-lo no vosso blog.
A propósito da "Culture Buzz"
A "Culture-Buzz", agência blog, viral e de buzz marketing do Grupo Vanksen, já trabalhou com numerosas marcas como a Warner Bros, Ubisoft, 20th Century Fox, Canal Plus, Sony e Nokia para a criação de acções ou aplicações virais ou aplicações virais online e offline. A "Culture-Buzz" é membro da "Viral & Buzz Marketing Association" (http://www.vbma.net), operando a nível europeu.
Com 700 artigos e 165.000 páginas consultadas/mês, o blog Culture-buzz.com tornou-se o primeiro portal francófono sobre temas urbanos, descodificando semanalmente o blog, o buzz e o marketing viral bem como todas as tendências alternativas: guerrilla e street marketing. "BuzzParadise" é a nossa plateforma internacional de relações entre as marcas e os "influenciadores".
Para mais informações:
http://www.blogdelux.lu
http://www.culture-buzz.com
http://lolastheme.typepad.com/
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
Pensamento do dia para não-bloggers:
"Uma pessoa que não tem diário está numa posição errada para com o diário de outra!",
Franz Kafka, a propósito de falsas considerações que os leitores poderiam tecer do diário de Goethe (in "Diários", 29 de Setembro de 1911).
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Nota: blog é um diário íntimo cibernético (em linha na internet), palavra que deriva da contracção de "web-log" (internet e diário de bordo).
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
Juncker quer fazer omoletes sem ovos
Apesar de o primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, ter declarado no seu discurso sobre o Estado da Nação, em 2 de Maio de 2006, que pretende que o Grão-Ducado se torne, a breve trecho, o pólo comercial principal da Grande Região, mais uma vez foi pródigo em grandes ideias, mas revela-se parco em acções na hora de dar forma às promessas, como acontece há anos com a questão da penúria de alojamentos e a consequente inflação dos preços da habitação (!).
Juncker partilha da mesma opinião do ministro das Classes Médias, Fernand Boden (ver artigo principal), ou seja, que para que o Luxemburgo se torne um centro de passagem obrigatório para os onze milhões de consumidores que vivem no país e regiões fronteiriças, não é necessário alargar as horas de abertura do comércio (!).
Não será o mesmo que pedir para fazer omeletes sem ovos?
Enquanto se discute "abre? não abre?" e o lobby das lojas familiares e tradicionais impede a implantação de grandes multinacionais, como a FNAC e outras, as megastores de grandes marcas e as galerias comerciais crescem como cogumelos do outro lado da fronteira luxemburguesa, sitiando de olho guloso o poder de compra abastado do pequeno burgo.
E os consumidores luxemburgueses não se fazem rogados ao embater na porta de uma loja luxemburguesa encerrada depois das 18h ou ao domingo. Rumam cada vez mais frequentemente aos shoppings da periferia do país, com horários mais flexíveis e cosmopolitas.
Face a isso, Juncker – durante um dos seus habituais encontros com a imprensa, após o Conselho de Governo de 8 de Dezembro último – dizia que o Grão-Ducado dispõe de outros argumentos para se diferenciar dos seus concorrentes, avançando como exemplos o IVA, mais baixo no Luxemburgo do que nos países vizinhos. E supondo o alargamento de horários, avisava que este não deverá acontecer em detrimento das condições de trabalho dos empregados.
Mas horários mais flexíveis e menos provincianos não permitiriam criar mais postos de trabalho e combater o desemprego que tantas dores de cabeça tem dado ao ministro Biltgen, além de tornar a capital e o país mais atraentes para os consumidores da Grande Região e os turistas?
José Luís Correia, in Contacto, 03.01.2007
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