sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922-2010) - in memoriam


O Prémio Nobel da Literatura (1998) José Saramago faleceu hoje, às 12h30, em Lanzarote. Tinha 87 anos.

Desculpem não escrever mais. Mas a notícia apanhou-me de surpresa e estou sem palavras.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bandeira, estás à janela...

O Luxemburgo pode ainda não fazer parte da rota dos grandes eventos futebolísticos internacionais (o Grão-Ducado quer candidatar-se com a Bélgica e a Holanda ao Mundial de 2018), mas esses eventos não passam despercebidos no país. Sobretudo quando se trata de um campeonato europeu ou de um mundial de futebol.

São ocasiões em que o futebol merece definitivamente o epíteto de desporto-rei. A aldeia global faz o mundo minguar, e uma bola a deslizar num relvado no cabo de outro continente faz palpitar os corações nas nossas latitudes.

Nestas alturas, muitas são as pessoas que para demonstrar o apoio a uma selecção hasteiam ou colocam bandeiras à janela. As bandeiras portuguesas são por ventura das que mais se vêem no Luxemburgo. Não só porque os portugueses são dos mais febris fãs do futebol e da selecção das quinas, mas também porque constituem quase 20 % da população, e é durante este tipo de eventos que mais se orgulham das suas origens e do seu futebol e o demonstram.

No futebol, somos assim.

As bandeiras estrangeiras desfraldadas em apoio das selecções protagonizaram mesmo uma polémica que incendiou o país em 2006, durante o Mundial de Futebol na Alemanha. Em dois editoriais publicados na imprensa luxemburguesa que despoletaram mal-estar na comunidade portuguesa, acusava-se os imigrantes de estarem "na ilegalidade", alegando-se que era "proibido expor uma bandeira de outra nação sem pôr ao lado a bandeira nacional [luxemburguesa]".

Uma lei que afinal se demonstrou não existir, segundo apurou o CONTACTO na altura, nada impedindo os fãs de expor as bandeiras dos seus países, com ou sem a bandeira luxemburguesa ao lado.

Fontes da Procuradoria luxemburguesa, do Ministério da Justiça e do Ministério do Estado (responsável pela protecção dos símbolos de soberania) disseram ao CONTACTO desconhecer tal lei que, a existir, seria tão obscura que nem o Estado luxemburguês sabe da sua existência.

A Polícia grã-ducal também desconhece qualquer proibição de exibir bandeiras estrangeiras, e não tem "qualquer intenção de autuar privados por causa das suas bandeiras nacionais", disse na altura ao CONTACTO o porta-voz da instituição, Vic Reuter.

Polícia promete "tolerância zero" nos festejos

Mas nem tudo é permitido. Esta semana, a Polícia emitiu um comunicado em que pede aos que seguem o Mundial para respeitarem o descanso dos outros cidadãos, sobretudo após as 22h.

No comunicado divulgado, a Polícia grã-ducal avisa que não tolerará excessos, como o bloqueio de ruas e provocações entre adeptos.

José Luís Correia
texto e fotos
(in CONTACTO de 16.06.2010)