"Velhos do Restelo com os seus maus augúrios obscurantistas virão sempre tentar deter o progresso. 'E no entanto, ela move-se...'. Galileu não falava apenas da Terra, mas da Humanidade. E apesar de haver saltos para trás, estamos aqui para nos compreendermos, para entedermos este calhau e o universo que o rodeia. E se no final nada tiver sentido, isso terá dado sentido às nossas vidas. Foi o que pensou por certo Galileu e todos os Galileus do nosso tempo. Felizmente que os há ou ainda estaríamos a riscar paredes toscas com sangue de boi."
Comentário que deixei a 13.09.08, 7h58, no site do Público a propósito dos comentários iluminados de certos fanáticos que gritam histéricos que não se deve tocar no universo nem "chatear" Deus, reagindo assim à colocação em funcionamento do acelerador de partículas sub-atómicas (LHC) na quarta-feira em Genebra.
A maior máquina do mundo criada pelo Homem foi construída a 100 metros de profundidade no subsolo entre a fronteira suíça e francesa, envolve o trabalho de 6 mil cientistas de todo o mundo e visa recriar as condições do universo um bilionésimo de segundo após o Big Bang. É também o lugar mais frio do sistema solar e do universo conhecido, onde a temperatura atinge os 271,25 graus negativos, perto do zero absoluto. Nesses tubos com 60km de circunferência as partículas de hadrões (partículas sub-atómicas regidas por uma interacção forte) foram lançadas a uma velocidade muito próxima da velocidade da luz (299 792 458 metros por segundo) para se tentar entender como nasceu o universo e a primeira pulsão de matéria.
Os detractores do projecto avisam que se os cientistas perderem o controlo sobre o LHC, este pode explodor e criar um buraco negro que aspirará primeiro o planeta Terra e depois todo o sistema solar, incluindo o sol.
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