corpo cadente
Daqui desta nascente
que é o princípio e o fim de tudo
o alfa e o ómega dos meus sorrisos e do meu sopro
ponto cardeal que me guia e desnorteia
rosa-dos-ventos dos meus sentidos
rosa que desabrocha quando a beijo com a boca
onde sorvo o orvalho doce da manhã que nasce
Vejo matas mansas, dunas erguidas, colinas oprimidas, vulcões em convulsão
e rios desenfreados procurando o mar na minha mão
avisto terras prometidas e rotas de sedas e especiarias
equadores e hemisférios e os paralelos do teu corpo
latitudes latentes que aguardam os meus gestos
E as estrelas eclipsando velhos mundos mortos
a via láctea deleitando-se na almofada branca
as clepsidras segurando o tempo infinito
e tu nos meus braços, encorajando o meu rosto.
Todo o céu se abre num estrondoso vacarme
e o mar desencadeado quer levar-me
sem que eu peça
Para onde tudo acaba e sempre recomeça.
sábado, 19 de abril de 2008
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