sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lisboa-Dakar 2009: optar por outro destino!

Na sequência da anulação do Lisboa-Dakar 2008 e seguindo proposta de um concorrente do ráli e do co-bloguista António do blog Maracujá, venho por este meio publicamente exaltar o génio de improviso português que nos caracteriza para que Portugal lance uma alternativa ao Lisboa-Dakar, que já era uma versão "light" do Paris-Dakar. Porque não antes optar por um upgrading da prova, como o António propõe. António sonha num Costa à Costa: Lisboa-Macau. Eu acrescentaria Costa à Costa à Costa, propondo para 2009 o Ráli Lisboa-Vladivostok-Macau (ou Lisboa-Macau-Vladivostok).

Porque seria Dakar sempre o destino privilegiado deste ráli-aventura? Porque não alterar o itinerário todos os anos, um ráli transcontinental com destinos como a Sibéria, Mongólia, Índia, Tailanda, Vietname, Oman. Infelizmente, os destinos africanos ficam postos em causas pelos conflitos etnicidas que varrem o continente. Seria também uma grande aventura um ráli ligar a Lapónia à Cidade do Cabo, não?

2 comentários:

Voyages en Suspens disse...

ca por mim, a anulaçao da corrida foi uma boa noticia - ha anos que me sinto revoltado com este passeio motorizado pelas terras africanas, onde um mundo ocidental vem ostentar a sua vaidade
além disso, numa época em que todo o mundo fala de poupar energia, o Paris Dakar surge como completamente fora de proposito

Alexandre Gaspar Weytjens a.k.a. José Lus Correia disse...

1- Estou de acordo contigo no que diz respeito às emissões de dióxido de carbono, embora pense que se ainda hoje existem automóveis, camiões e motos poluentes é porque os governos se deixaram comprar/manipular, ou pior, foram cúmplices na não-aposta/boicote nos veículos solares ou eléctricos que já estavam bastante desenvolvidos no fim dos anos 80. De repente, deixou-se pura e simplesmente de ouvir falar de tal coisa. Afinal, os grandes consórcios mundiais descobriram que podem ganhar ainda muito dinheiro se usarem o petróleo até à última gota, esse produto tornando-se cada vez mais raro = caro. Lá para 2030 a Humanidade terá muito tempo de repensar em carros ecológicos, pensam, em desprezo do alerta actual de todos os indicadores ambientalistas.

2 - Quanto a passear as taras e hobbys do burguesismo europeu e ocidental pelas savanas e desertos africanos, é preciso não esquecer, Paulo, que isso também significava entrada de dinheiro a nível regional e nacional para esses países pobres e portanto ajuda financeira sem ser com o carácter tradicional humanitário "país rico dá esmola ao país probre"... Dinheiro sempre bem-vindo, mesmo se, é bem verdade, nunca eram eles que ficavam com a fatia gorda do bolo!
Mas eram países onde a Al-Qaeda não conseguia ganhar terreno pela boa imagem que estes tinham dos europeus. Talvez a organização terrorista tenha conseguido o que queria. Passar a ser ela a principal patrocinadora da região...se o Dakar abandonar o país em preferência de outro itinerário!
Desculpa, Paulo, mas por deformação profissional, quando algo com este impacto acontece, pergunto-me sempre: quem beneficia com isto?

Fora de contexto, ou talvez não, foi a mesma pergunta que me coloquei aquando do 11 de Setembro. Mas aí, estranhamente, não era a Al-Qaeda a que mais benficiava com o golpe em pleno coração dos Estados Unidos. O futuro disse bem quem mais ganhou com isso.