sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Ponte Vermelha do Luxemburgo e Ponte sobre o Tejo fazem 50 anos - Duas pontes unidas por destinos comuns


Têm a mesma idade – 50 anos – são feitas da mesma “fibra” – aço luxemburguês –, e têm um destino trágico comum. Construídas para simbolizar o progresso e o futuro das capitais e dos países onde foram edificadas, ambas ficaram, no entanto, desde cedo marcadas pelos suicídios de centenas de pessoas que as escolheram como derradeiro palco no salto para a morte.

A Ponte sobre o Tejo comemorou o seu cinquentenário em 6 de Agosto último e a Ponte Vermelha faz 50 anos no próximo dia 24 de Outubro.

"A cabeça dele tinha explodido e o sapato estava no meio da estrada”, diz uma criança que vivia em 1990 no Pfaffenthal e assistiu ao suicídio de um homem que saltara da ponte Grande-Duchesse Charlotte, no documentário “Le Pont Rouge” (1991), de Geneviève Mersch.

“Não passo sob a ponte sem olhar com alguma apreensão para cima porque sei que tudo me pode cair em cima”, diz uma adolescente no filme. Uma voz de criança enumera o que costuma cair da ponte: “pacotes de batatas fritas, latas, garrafas, blocos de cimento, cães, gatos, uma centena de homens e mulheres”.

 Entre 1966 e 1991, ano em que saiu o documentário, registaram-se uma centena de suicídios na ponte vermelha, avança Mersch no seu filme, ou seja, um em cada três meses durante 26 anos. “Aterravam” sobre os telhados das casas, no rio Alzette, nos passeios e parques infantis do Pfaffenthal. Na película de 20 minutos, os moradores de então contam o pesadelo que era viver no bairro.

Uma reportagem de José Luís Correia 

Leia o artigo na íntegra na edição do Contacto desta quarta-feira, 19 de outubro.

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