Luxemburgo, chuva, 9 horas. Autocarro atrasado. Mais chuva. Uma hora de transferência até Frankfurt/Hahn. Fila de check-in inexistente, cheguei com três horas e meia de antecedência. Sandes e café enquanto espero a hora de embarque. Uma tailandesa/coreana/chinesa troca olhares comigo. Um aeroporto é um lugar propício aos encontros fugazes, olhares que desejavam um lugar de estar e não de passar.
Embarco finalmente. No avião, começo a ler "Tabua" de Carlos Tourinho de Abreu, e o protagonista, Guina, faz-me viajar até ao seu mundo.
Por cima da Baía da Biscaia, um australiano loiraço, tipo Dawson (James Van Der Beek), pergunta à hospedeira que zona sobrevoamos. Nunca pensei nessa pick-up line, bolas! A menina é alta, curvilínea, ruiva, olhos verdes (irlandesa?), boa como o milho, como se diz poeticamente, numa saia travada que só apetece ver-lhe cair até aos tornozelos branquinhos. Mas ela não sabe responder (?), o que me arranca do meu devaneio obsceno. Intrometo-me na conversa, apenas movido pelo interesse geográfico da conversa, claro. Explico ao "aussie" onde estamos e que tudo isto faz parte do Golfo da Gasconha, e recordo-lhe Cyrano de Bergerac, o do nariz enorme, you know? A hospedeira ouve como Roxanne. Desta vez percebeu, menina?
O piloto não resiste a dizer-nos que aterrámos antes da hora prevista, e a dar-nos o resultado do jogo Dinamarca-Portugal: estamos a ganhar.
No tapete das bagagens, o australiano mete-se comigo. Quer saber se sou de Faro, quanto pode custar um táxi até um sítio chamado "Eva", porque quer apanhar um autocarro até à Ericeira, onde vai participar num campeonato de surf.
Mas perco o tempo que ganhei na Rent-a-car :-( Chego a casa às 19h30. Janto no Fórum: Sopa Juliana e água do Luso. Faço compras no Continente, compro uma pen para ter internet. Regresso a casa e ao Guina. Primeira noite: descanso.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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