sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

segunda-feira, 5 de março de 2012

Contra o "imperialismo" do romance

Capa do livro "Comme un roman", de Daniel Pennac
"Fazer do romance o alfa e o ómega da criação literária é um tique, é mesmo um grande toc [traumatismo obsessivo compulsivo, n.d.T.], que nos separa de um imenso património literário. Não é uma crítica que faço ao romance, mas à nossa consciência literária desde o princípio do século XX. Estamos obnubilados pela ideia que literatura é a mesma coisa que romance", denuncia o crítico literário francês Gérard Génette.

O teórico da literatura evoca a aversão que Paul Valéry tinha pelo romance e como Albert Thibaudet criticou o "imperialismo" do romance em meados do século passado. E, como se restassem dúvidas, Génette recorda que muitos autores e não de somenos importânica - Homero, Virgílio, Shakespeare ou Racine - não eram romancistas, mas poetas ou dramaturgos.

"Aux Confins de la Littérature", 
in Télérama (22/02/2012)

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