sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

domingo, 15 de novembro de 2009

Nos tempos da profusão da comunicação


"E se comunicar fosse apenas a exposição das vísceras das ideias que se acumulam em cada dia nos confins do nosso inconsciente? E se a comunicação na pós-modernidade fosse apenas uma orgia sem fim que aproveita todos os meios para se concretizar. Orgia que vemos na publicidade, no jornalismo, no cinema, nas artes plásticas, nas conversas de café, no teatro, enfim, em todo o lado. (...) A obra como simples pretexto para a comunicação viral, e desejada pelo autor em tempo real. Festa da difusão. Profusão do texto como texto que tomamos como pretexto para falar. (...) O vazio para encher. Na imensidade do abismo, feito de continuidades imperceptíveis, encher dá a ilusão de conteúdo, uma esperança em perspectiva."



Juremir Machado da Silva
("Imaginaires barbares", in "Les Cahiers européens de l'imaginaire-La Barbarie", pág. 165, CNRS Editions, Janvier 2009)

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