sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Autofestival 2009 - de 31 de Janeiro a 9 de Fevereiro

Dez regras para uma condução mais ecológica e económica

Em tempo de crise, os conselhos práticos, sobretudo para economizar, são sempre bem-vindos. Foi talvez a pensar nisso que o Automóvel Clube do Luxemburgo (ACL) lançou recentemente informações no sentido de aconselhar os automobilistas para que adoptem, através de várias práticas fáceis de aplicar, uma condução mais ecológica e económica.
Amensagem é simples: se é bom para o Ambiente, também é bom para a sua carteira. Conduzir de forma mais económica e ecológica é – todos concordarão – a única forma inteligente de utilizar hoje o automóvel. Não só devido à crise económica mundial o bolso de todos afecta, sendo por isso cada vez mais necessário fazer também atenção ao que se gasta em combustível.
Há que pensar igualmente nas consequências nefastas das emissões de gases com efeito de estufa, como o dióxido de carbono (CO2, um dos gases que os automóveis expelem em maior quantidade), no aquecimento da Terra e nas alterações climáticas.
As regras que ACL preconiza são simples e começam logo no momento da aquisição de um carro novo ou em segundo mão.

Regra n°1 - Verifique os desempenhos ambientais do veículo: quanto gasta e que níveis de gases emite. Basta consultar o EcoTeste da Federação Internacional do Automóvel (FIA) em www.ecotest.eu, sítio internet que testa e lista os últimos modelos saídos no mercado. A cada modelo é atribuído um número de estrelas (à semelhança dos testes EuroNCAP para as questões de segurança) consoante vários factores: não só o consumo, como as emissões de CO2, incluindo as de outros gases poluentes como o monóxido de azoto e o dióxido de enxofre.

Regra n°2 - A ACL aconselha a planificação prévia do itinerário que se vai fazer: escolher o caminho mais curto é uma maneira rápida e simples de chegar ao destino, em segurança, reduzindo, simultaneamente, as emissões de gás supérfluas e o risco de acidentes. Saiba que 10 minutos a mais a conduzir representam, em geral, a perda de 14 % do rendimento energético de um veículo. Sem contar mais cansaço para o condutor.

Regra n°3 - Ter pneus com a pressão certa para o tipo de veículo que possui reduz a resistência ao piso e aumenta o rendimento global do carro. Pelo contrário, pneus com menos do que 50 quilopascais (kPa), o que equivale a 0,5 kg por cm3, podem representar uma perda de 2 a 4 % do rendimento energético de um veículo.

Regra n°4 - Reduza, tanto quanto possível, o material pesado dentro do habitáculo, dentro da bagageira e mesmo no tejadilho, quando não for absolutamente necessário nas suas viagens diárias. Por exemplo, um reboque serve o mesmo propósito do que as barras no tejadilho e permite ao automóvel utilizar menos carburante. O transporte de 100 kg de carga suplementar num automóvel de gama média, reduz o rendimento energético do veículo em cerca de 6 %. Uma bagagem pesada ou caixas de transporte no tejadilho de um veículo podem levar este a gastar mais 20 % em combustível.

Regra n°5 - Não vale a pena aquecer o motor antes de partir, excepto em caso de frio extremo, mas é aconselhado conduzir em baixo regime nos primeiros minutos de condução, o que tem o mesmo efeito e se revela mais eficaz.
Regra n°6 - Quando o tempo está quente, evite colocar o seu ar condicionado em temperaturas demasiado baixas, porque quanto mais utilizar o climatizador, mais carburante é gasto: as perdas de energia podem ir até aos 6 %. Sem falar nas consequências para a sua saúde se se der um "choque térmico" quando sair do habitáculo, como, por certo, já deve ter feito a amarga experiência.

Regra n°7 – Ao acelerar, faça-o num movimento constante e sem brusquidão. É também importante arrancar devagar: atingir os 20km/hora em cinco segundos permite economias de 20 % do combustível. Consegue economizar o mesmo se evitar acelerações bruscas e sustentadas e não estiver sempre a recorrer à mudança mais alta.
Regra n°8 – O uso do motor como travão é também aconselhado pela ACL. Ao largar o pedal do acelerador quando está a reduzir a sua velocidade está a cortar a alimentação do combustível e é assim possível economizar até 2 % em energia no rendimento do seu veículo, sem contar que está assim a poupar o sistema de travagem.
Regra n°9 – Não deixe o motor ligado demasiado tempo quando estiver parado: após um minuto, está consumir mais do que um arranque; e ao fim de 10 minutos, é, em média, um decilitro de combustível que se evaporou.

Regra n°10 – Este não é um conselho directo da ACL, mas discorre do mais puro bom senso e está implícito em todos as regras anteriores: adopte uma condução preventiva, ou seja, abdique de uma condução agressiva ou desportiva. Travagens súbitas, ultrapassagens bruscas ou altas velocidades só levam o seu automóvel a consumir ainda mais e a expelir uma maior quantidade de gases para a atmosfera. Além disso, o seu itinerário não é um circuito de Fórmula 1 e há outros utentes na estrada com os quais deve contar, porque é a sua vida e a dos outros automobilistas e peões que está a pôr em risco.

José Luís Correia, in Contacto, 28.01.2009

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