Estou, de momento, a ler "O Conde de Monte-Cristo", numa velha edição da colecção Europa-América comprada num alfarrabista de Estói este Verão.
Já não me lembrava do cheiro característico destes livros e de como se despedaçam nas nossas mãos se os abrimos demais. Nem de tudo tenho saudades...
Mas é bom voltar a mergulhar nesta colecção das minhas primeiras leituras, em que descobri maravilhado a(s) literatura(s). Nos anos 80, eu não tinha dinheiro para primeiras edições e livros de capa dura, não havia de toda a maneira muitas outras colecções de bolso e foi a maneira mais barata de correr alguns clássicos. Ainda tenho nesta colecção Os Maias (já todos desfiados) que comprei quando andava no liceu. Os meus primeiros livros do Pessoa, Alexandre Herculano, Nietzsche, Kafka, Edgar Allan Poe e Charles Dickens, estes dois últimos num precioso volume de Contos Vitorianos que a EA decidiu em boa hora publicar. E até a República e o Crítias de Platão, quando andava na minha fase "Atlântida". E claro Alexandre Dumas. Foi com ele que fui Mosqueteiro e Tulipa Negra, antes de ser, ...muitos anos mais tarde... Indiana Jones.
Volto agora a deixar deliciar-me pelo seu universo, pela sua maneira de contar, de dizer as coisas. Ao lado, tenho uma versão francesa, que vou esporadicamente folheando para apreciar o trabalho do tradutor dos anos 70...
Já há tanto tempo que andava a protelar esta leitura. O Conde de Monte-Cristo é daqueles livros que havia posto há muito anos de lado e dissera de mim para mim: "É para ler mais tarde", mas acabei por nunca ter tempo para ele, como para muitos outros, aliás. Mas a este...vou fazer-lhe justiça.
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