(todos) repórteres sem fronteiras
Àcerca do post de 24 de Novembro do meu caro amigo Paulo Lobo no seu blog «Voyages en suspens» (http://www.paulolobo.blogspot.com/), em que diz que hoje “somos todos canais alternativos da informação, nós os internautas, os bloguistas, os passadores de ideias, de opinião e, por vezes, de rumores”, queria reagir recordando que a mui séria agência de imprensa internacional Reuters assinou há dias (dia 11 de Novembro?) uma parceria com a plataforma norte-americana Pluck (http://www.pluck.com/), que administra milhares de diários cibernéticos pessoais (web-logs ou blogs). A Reuteres passará a propôr, a par das suas notícias em linha, informações que fazem parte do conteúdo de blogues, promovendo o que apelida de “social networking” (teia de contactos e informacão social).
Ponto positivo: as fontes de informação indepedentes diversificam-se em número e riqueza de conteúdo, ao contrário dos cada vez maiores conglomerados media, que monopolizam o sector, e que, apesar das posições firmadas que ocupam, trabalham muitas, quase sempre, sob a pressão de lobbys, influências e poderes.
Apreensão: banalizando-as, as fontes de informação perdem em fidignidade e pureza: risco de manipulação da opinião pública. O mesmo poder, afinal, que os grandes conglomerados já hoje detêm. Os profissionais da informação deixarão de ter o monopólio da mediação da informação. Única solução: formar a opinião pública para que adopte os reflexos dos profissionais da informação, ou seja: 1) duvidar, por princípio, dos media; 2) assegurar-se da credibilidade da fonte; 3) multiplicar, mais do que nunca, o cruzamento de fontes; 4) consumir informação onde seja respeitado o princípio do contaditório.
Nova missão dos profissionais da informação: não apenas “servir” à notícia numa bandeja, nem servir somente à mediação e veiculação da notícia, mas à sua decorticação, dissecação, descodificação, interpretação, análise.
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
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1 comentário:
esse é precisamente o grande desafio primeiro claro para os 'profissionais' da informação: visto os cidadãos 'reporteres' estarem em aumento constante e terem cada vêz mais possibilidades para difundirem a matéria bruta (videos, fotos, informações textuais ou sonoras, cabe aos 'jornalistas' a análise, a reflexão, a comparação. No entanto, existe o perigo de se criar uma distinção entre uma grande massa de consumidores de material informativo (fast news assim como existe a fast food), que vão se tornar o alvo preferido dos anunciantes, e uma minoria de gente mais discernidora, dispondo da formação, dos meios financeiros e tecnicos e de TEMPO para se beneficiarem das analises dos especialistas.
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