sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

domingo, 7 de maio de 2017

Afastaste os cabelos...


Afastaste os cabelos, desvendando a nuca branca, o fio de prata e pediste para te ajudar. Desci cuidadosamente o fecho do vestido preto e achei as tuas costas e o desenho da tua coluna vertebral. As alças descaíram, o vestido escorregou até aos teus pés. Segurando-me no cetim dos teus seios, que me encheram as mãos trémulas, mordi os teus ombros, corri com a boca o teu pescoço, o nascer dos teus cabelos ruivos, abocanhei a tua orelha, os meus dedos procuraram as rosáceas a desabrochar dos teus mamilos, soltaste um gemido abafado e, num volte-face repentino, comeste a minha língua. As minhas mãos no teu rosto, como se temesse não acertar nos teus lábios que ainda estavam doces do champanhe, desfiaram os teus cabelos lisos e macios, desceram os teus flancos e arregaçaram caminho quantas vezes. Os meus dedos resvalaram a duna da tua barriga e descobriram-te molhada e desejada. Peguei-te firme pelas coxas, ergui-te por mim acima e mergulhaste o teu rosto em mim para mais um beijo arrancado e ofegante. E, não me contendo mais, lancei-te sobre a cama por fazer e fizemos o que tínhamos que fazer.  

AGW07052017

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