A bandeira de Portugal na entrada da sede do Conselho Europeu, em
Bruxelas, foi substituída antes da cimeira de líderes de quinta-feira, depois de
ter sido constatado que continha pagodes em vez dos tradicionais
castelos.
O “defeito” foi detectado por eurodeputados do PCP, que
repararam numa fotografia tirada ao presidente do Eurogrupo, Jean-Claude
Juncker, na última reunião dos ministros das Finanças da zona Euro: a
bandeira portuguesa exposta na entrada do Conselho em vez de ter o
escudo português com sete castelos tinha o que pareciam ser sete
pagodes.
Comentando que “a adulteração não deixa de ser irónica à
luz da recente alienação ao capital estrangeiro de importantes
(estratégicas e lucrativas) empresas públicas portuguesas do sector
energético, na sequência dos processos de privatização promovidos e
apoiados pela UE e pelo FMI”, os deputados João Ferreira e Inês Zuber
enviaram uma pergunta ao Conselho, questionando que medidas seriam
tomadas para corrigir a situação e a que é que se devia tal adulteração.
A
bandeira em causa, na chamada “entrada VIP”, entretanto substituída, tendo
fonte diplomática confirmado que a representação de Portugal junto da UE
solicitou aos serviços do Conselho que se procedesse à substituição das
bandeiras defeituosas ainda antes da cimeira que decorre quinta e sexta-feira em Bruxelas.
A mesma fonte adiantou que, entre os
vários “kits” de bandeiras no Conselho, aquele que apresentava o defeito
na bandeira portuguesa havia sido oferecido pela presidência italiana
da União Europeia em 2003, o que não significa que tenha sido sempre
esse a ser utilizado desde então.
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