sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bióloga portuguesa descobre quatro novas espécies de insectos na gruta mais profunda do mundo

Numa época de crise económica profunda, com os jornais e os noticiários televisivos a debitarem diariamente más notícias, o que nos tem conduzido a uma espécie de depressão colectiva, achei por bem falar-vos de uma das boas notícias que nos chegaram nos últimos tempos mas que andam por aí diluídas e que quase passam despercebidas entre as desgraças do costume.

Uma portuguesa, Sofia Reboleira, 31 anos, investigadora do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, integrou a expedição ibero-russa Cavex que, no Verão de 2010, explorou a gruta natural mais profunda do Mundo, a Krubera-Voronia, na Abcásia (Norte da Geórgia, perto do Mar Negro).

A equipa de cientistas e espeleólogos descobriu, a quase dois mil metros de profundidade, quatro novas espécies de artrópodes (calêmbolos), insectos primitivos sem olhos e sem asas. Os resultados foram tornados públicos no final de Fevereiro na revista « Terrestrial Arthropod Reviews ».

Quinhentos anos depois de um grupo de destemidos navegadores portugueses terem deixado as margens seguras do rectângulo e se lançarem para além do fim do mundo, e prendarem o planeta com uma nova geografia e novos povos, uma portuguesa aventurou-se num dos limites extremos e mais perigosos do planeta para ajudar nesta descoberta notável. E Sofia fê-lo a seus próprios custos, o que torna o seu feito ainda mais meritório. Sofia diz que ainda há muito por explorar na gruta de Krubera-Voronia e que planeia lá voltar em 2013.

A última fronteira pode até ser o espaço, mas temos muito por descobrir no nosso próprio planeta, das grutas mais recônditas das entranhas da crosta terrestre às fossas mais profundas e misteriosas dos oceanos que, com certeza, nos reservam ainda muitas surpresas.

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