sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para que servem os jornalistas? - O escritor madrileno Benjamín Prado responde

O escritor madrileno Benjamín Prado defendeu hoje a profissão de jornalista, destacando que “o jornalismo é a última possibilidade que temos de saber a verdade”, noticiou a agência EFE.

Prado, que deu a primeira conferência da nova edição do ciclo Segundas-feiras Literárias, promovido pela Obra Social da Caixa de Ávila, afirmou que “o jornalismo tem inimigos que proveem da política, da economia e da tecnologia, mas também é atacado a partir do seu próprio seio”.

Por tudo isso, aos jornalistas que, como a protagonista da sua última novela “Operación Gladio”, dão “literalmente a vida por uma notícia, havíamos de lhes erguer monumentos, como àqueles professores, que com o atual sistema educativo conseguem que (as pessoas) continuem a ler”, comentou o escritor.

Na conferência de hoje, intitulada “Se não querem que o contes é porque é uma boa estória”, centrou-se precisamente nas duas últimas novelas que escreveu, “Mala gente que camina” (2006), que fala sobre o roubo de crianças por parte da ditadura aos republicanos, e “Operación Gladio” (2011), é um livro de espionagem, em que se abordam alguns dos casos mais obscuros da Transição espanhola.

Sobre este último trabalho, Benjamín Prado manifestou que partilha a ideia de que a Transição “é um momento admirável da história espanhola, embora não perfeito, já que também houve vencidos e em certa medida se tratou de uma transação e vale a pena contá-la”.

Nestas últimas obras e numa anterior “No sólo el fuego” (1999), Prado pôs em prática a ideia de que a “literatura tem uma importância civil, porque os escritores, ao terem o privilégio de serem ouvidos, devem preencher alguns buracos na parede da História”.

A conluir, afirmou: “O que escapa aos historiadores, como Pauil Preston, é o que nós, novelistas, podemos contar, a história emocional dos países”.

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