O antigo primeiro-ministro espanhol Felipe González disse este sábado que a UE deve concluir reformas estruturais urgentemente, já que regista actualmenteá "um atraso de pelo menos dez anos".
González defendeu a urgência de reformas estruturais, coordenadas com medidas anti-crise, que deviam ter sido tomadas há uma década pela UE.
Para o ex-chefe do Executivo espanhol, o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) é uma das condições necessárias para estabilizar e harmonizar a Zona Euro, mas não chega. Segundo González, a UE tem de adoptar uma "economia social de mercado competitiva e sustentável do ponto de vista ambiental".
O Grupo dos 12 sábios
Estas reflexões fazem parte do "Projecto Europa 2030" que um grupo de 12 sábios, presidido por González, entregou hoje em Bruxelas ao presidente do Conselho Europeu, Herman Von Rompuy, na véspera dos 60 anos da "Declaração Schuman", que deu origem ao que é hoje à UE.
O "Projecto Europa 2030" divide-se em 10 capítulos que abordam temas que vão do modelo social ao envelhecimento demográfico da Europa, passando por questões energéticas e alterações climáticas.
O projecto preconiza que a UE "ao combinar múltiplos níveis de poder, do mundial ao local, tem mais capacidade que qualquer Estado-membro para enfrentar os principais desafios do século XXI".
No projecto, o grupo de sábios desafia a UE a promover a solidariedade individual e colectiva, entre indivíduos e gerações, entre localidades, regiões e Estados-membros.
O "Projecto Europa 2030" defende o aumento da eficiência económica através de novas medidas sociais, por exemplo, melhorando três condições do mercado do trabalho:
- a flexisegurança,
- a mobilidade laboral
- e a cultura da gestão empresarial
Uma Revolução Industrial "Verde"
O projecto preconiza ainda uma nova Revolução Industrial que desenvolva uma energia verde e reduza a dependência energética da UE em relação ao exterior.
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