sábado, 26 de dezembro de 2009
Flanando por Estrasburgo
sábado, flanando pelas ruas de estrasburgo. tomamos um café creme numa brasserie da place kléber, maravilhados como putos diante das luzinhas da maior árvore de natal da europa (é o que aqui dizem!) a acenderem-se ao cair do crepúsculo, as famílias passeando, os gorros e quispos coloridos das crianças rindo, passagem pela magnífica livraria kléber, subimos até à place gutenberg, percorremos os standes dos livros de segundo mão, não resisto a levar para a minha colecção uma edição de 1868 das oeuvres de alfred de musset, passamos pelo homem das castanhas, tão velho como estas arcadas que tanto me fazem lembrar as da praça do giraldo em évora, contornamos o carrossel, os corcéis em madeira, a árvore azul-eléctrica, engolfamo-nos com a turba pela rua da catedral, levados pelo cheiro bom a vinho quente com canela, mordendo um bretzel salgado, chegam-me fragrâncias de outros tempos, revejo-me a correr por aqui debaixo de uma chuva de novembro, com tantas incertezas, inseguro no meu futuro, se eu soubesse o que sei agora.
Rótulo :
livro de imagens,
roteiro de vida
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Que farias?
:-)
Lis
Tenho um amigo brasileiro que diz: "A vida dá sempre um jeito." O que eu acho é que às vezes também temos que ser nós a dar um jeito à vida. Senão ela limita-se a acontecer. Nós é que temos que saber que curvas tomar nessa linha recta. Se eu soubesse o que sei hoje aproveitava mais cada instante, faria acontecer, deixava de ser tão inseguro, tão ponderado, por vezes um desvio ensina-nos muito. E prefiro mil vezes que a minha vida seja feito de muitos desvios do que a linha recta do que pensa a gente certa.
Enviar um comentário