sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Abbaye Neumünster- 12.12.08: les deux visages de la guerre en Guinée-Bissau

Projecção a 12 de Dezembro na Abadia de Neumünster, no Grund

Filme de Flora Gomes e Diana Andringa sobre a guerra colonial na Guiné-Bissau

Numa iniciativa dos Amigos do 25 de Abril (A25A) é exibido sexta-feira, dia 12 de Dezembro, às 19h, na Sala Robert Krieps, na Abadia de Neumünster, no Grund, o documentário "As duas faces da guerra” (100 minutos, v.o. portuguesa, legendado em francês).

Realizado pelo cineasta guineense Flora Gomes e pela jornalista portuguesa Diana Andringa, a obra foi construída como um diálogo entre testemunhas e antigos combatentes dos dois campos que viveram a guerra colonial na Guiné-Bissau (1961-1973). Guerra colonial ou de libertação?, memória partilhada de um conflito com várias perspectivas.

Após a projecção, haverá um debate entre o público e os autores do filme.

Presa pela PIDE entre 1970 e 1971, Diana Andringa foi subdirectora do "Diário de Lisboa", cronista no "Público" e subdirectora da RTP2. Foi ainda presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas (1996-1998), tendo por diversas vezes tratado o trabalho dos media antes e depois do 25 de Abril. "Nos jornais, rádios e na televisão portuguesas, a guerra colonial nunca existiu, mas apenas pequenas acções de polícia", disse da última vez que esteve no Luxemburgo, em Maio de 2007, por ocasião das comemorações do 25 de Abril pela mesma associação A25A, que a volta a convidar.

Com quase 40 anos de jornalismo, Andringa é uma defensora intransigente das minorias étnicas e dos imigrantes. Recentemente, a jornalista destacou-se com o documentário "Era uma vez um arrastão", em que desmonta a falsa notícia dos assaltos em massa na praia de Carcavelos, no Verão de 2005.

Flora Gomes é um dos mais conceituados cineastas africanos, conhecido tanto pelas suas obras de ficção como pelos seus documentários históricos. O seu primeiro filme de ficção, "Mortu Nega" (1987), evoca a luta pela independência guineense.

Amigo íntimo de Amílcar Cabral, o político independentista faz apelo a ele para filmar a proclamação oficial da independência da Guiné-Bissau (24 de Setembro de 1974), satisfazendo assim o desejo de Cabral de serem os próprios guineenses a registar esse momento histórico. Flora Gomes já trabalhou com o Luxemburgo, nomeadamente no seu filme "Nha Fala" (2002), uma co-produção luso-franco-luxemburguesa (Fado Filmes, Samsa Films e Les Films de Mai).

JLC in Contacto , 03.12.08

1 comentário:

Anónimo disse...

Foi interessante! Valeu a dica!
Tomás Abreu