sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

domingo, 19 de outubro de 2008

Diractors: mais espectadores que em 2007

Festival de cinema luxemburguês

Diractors: mais espectadores
que em 2007

A segunda edição do Festival do Filme "Diractors" que o Luxemburgo organiza desde 2007 para homenagear actores-realizadores fechou domingo com "balanço bastante positivo", anunciava satisfeita a organização. Contribuíram, por certo, para este "segundo acto" bem sucedido as novidades que marcaram o certame.

Primeira boa notícia: o público acorreu em maior número do que em 2007 e isto apesar de a edição inaugural ter contado com uma estrela de fama mundial, Sophie Marceau.

À semelhança do ano passado, as "cartes blanches" (debates com actores e realizadores) e todos os outros encontros em que era possível aos espectadores conversarem com as estrelas, foram os que registaram mais afluência. Foi o caso da exibição de "Märzmelodie", película do alemão Martin Walz, que assinalou a abertura oficial do certame, mas também de "Das Herz ist ein dunkler Wald", de Nicolette Krebitz. O cinema germanófono havia sido o grande esquecido da edição inaugural e a organização quis assim "corrigir o tiro" este ano, preocupado em seduzir o público luxemburguês.

Emmanuelle Béart, sex symbol da sétima arte francesa, veio apresentar quinta-feira à noite o filme "Vinyan", fazendo-se acompanhar do realizador belga Fabrice du Welz. Segundo o que a própria actriz confiou, foi a ocasião para revisitar o Luxemburgo, lugar onde chegou a passar, por diversas ocasiões, férias em criança.

A "carta branca" com o realizador luxemburguês Luc Feit, sexta-feira à tarde, mercê do convite que este dirigira aos seus colegas Pol Cruchten e Achim von Borries, transformou-se numa cativante discussão e troca de experiências entre profissionais, a que o público assistiu interessado.

O documentário autobiográfico "Elle s’appelle Sabine", que Sandrine Bonnaire realizou sobre a sua irmã autista e os périplos que isso lhe fez viver, foi um dos filmes que mais atraiu o público. Na "carte blanche" que se seguiu ao filme, sábado à tarde, numerosos foram os espectadores que não quiseram deixar de partilhar emoção e compaixão com a realizadora.

Momento inesquecível foi ainda a participação da actriz Amy Redford, que esteve a falar em directo via satélite desde Nova Iorque com os espectadores presentes no Ciné Utopia, em Limperstberg, após a exibição do filme "The Guitar".

A Cinemateca viu-se este ano integrada ao programa. O histórico ciné-teatro recebeu a visita dos compositores de música para filmes Gabriel Thibeaudeau (Quebeque) e Jean-Marie Sénia (França), além do Octuor de France, que interpretou obras de Max Linder, do tempo do cinema burlesco e mudo.

Graças ao sucesso granjeado nesta segunda edição e a uma maior afluência do público, o único festival de cinema luxemburguês confirma que está para durar. A organização aproveitou aliás para marcar as datas da próxima edição: de 14 a 18 de Outubro de 2009. A notar, desde já, na agenda.

JLC (in Contacto, 22.10.08)

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