sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

quando eu era pequenino...

Tinha eu quatro ou cinco anos, os meus pais estavam a comprar batatas fritas numa daquelas rulotes ambulantes que costumam estar nas bermas das estradas belgas, depois de muita insistência e birrice minha. Visto que me iam fazer a vontade, calei-me. De repente, começo a chorar de forma ainda mais tempestuosa:
- Ké mime, ké mime!
Perante a intempestividade da coisa, o meu pai, já exasperado, vira-se para a minha mãe e diz:
- Olha, o rapaz, afinal, não quer batatas fritas, quer mimo!
- Hã?...
Afinal descobriram-me um vermelhão ainda a latejar no dedo por me ter andado a mexer onde não devia. Tinha-me queimado ("quemi-me"!!!) ...no tubo do fogão nas traseiras da rulote.

Foi, em todo o caso, o que me contaram para explicar a marca que ainda hoje tenho no dedo médio da mão esquerda. Eu, não me lembro de todo do episódio. Pode ser que seja apenas uma lenda familiar...


(inspirado pelo post "palermices que disse em criança", de 08.05.08, no blog da Lis)

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