sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
-
cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Escrever poesia

"O segredo não é escrever poesia, é vivê-la. Apenas se escreve com a vaidade de imortalidade. Projecto vão. O Homem, por mais imperfeito que assuma ser, tem o desejo indecente de não querer morrer nunca. Consciente dessa impossibilidade física, procura cumprir na sua vida algo para que o recordem mais tarde: filhos, eventos, construções, escritos. Penso que de todos estes projectos de vida o mais nobre deve ser o de dar a vida. Como ainda não fui abençoado, nem sei se serei um dia, escrevo. Considero-a também uma nobre missão. Os poetas sonham o mundo de amanhã, os Homens constroem-no. È apenas mais belo sonhá-lo porque quem o constrói tem sempre a tendência malsã de o perverter."

(Excertos do vol. 1 dos Cadernos , 03/02/2006)

Sem comentários: