"O segredo não é escrever poesia, é vivê-la. Apenas se escreve com a vaidade de imortalidade. Projecto vão. O Homem, por mais imperfeito que assuma ser, tem o desejo indecente de não querer morrer nunca. Consciente dessa impossibilidade física, procura cumprir na sua vida algo para que o recordem mais tarde: filhos, eventos, construções, escritos. Penso que de todos estes projectos de vida o mais nobre deve ser o de dar a vida. Como ainda não fui abençoado, nem sei se serei um dia, escrevo. Considero-a também uma nobre missão. Os poetas sonham o mundo de amanhã, os Homens constroem-no. È apenas mais belo sonhá-lo porque quem o constrói tem sempre a tendência malsã de o perverter."
(Excertos do vol. 1 dos Cadernos , 03/02/2006)
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