sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

fora de tempo

é cedo? é tarde?
quem estabeleceu regras?
isso não? isso sim?
é inteligente? é alarve?
vens cá? não vens?
ai de nós! ai de mim!
estamos a tomar as decisões certas?
não somos vítimas, apenas reféns
da nossa utopia.
és minha? não queres ser minha?
pouco tempo, pouco tempo...
hoje não, outro dia!
hã, ... outro dia?
não tenho sede, estou sedento...

pouco tempo, pouco tempo...
e o passado a perseguir-nos,
tens de libertar-te dos farrapos,
velhos são os trapos
ainda há tempo
para conseguirmos tudo
os fantasmas estão em ti
acredita em mim
não quero mais ser mudo!
o que foi já não volta a ser
se tu também quiseres ver.

Vem, vamos começar algo de inteiramente novo,
inteiramente bom, inteiramente nós,
pego nos pincéis de cordel,
pegas na pauta de lós,
canta comigo, dança comigo,
olhos meus, lábios de mel,
vamos desenhar uma aurora luminosa,
com cores de ti e de mim,
iguais às manhãs de ouro e de cetim,
queres esquissar comigo a linha recta,
o destino, o futuro, o horizonte e o lume,
em que os outros não quiseram acreditar?
vamos tranformar,
todo este estrume,
em qualquer coisa de concreta,
em qualquer coisa de nós.

é agora? ou nunca?
temos tempo, temos tempo...
esperarei por ti, meu amor!
pensas que já não sei usar este músculo
chamado coração? sabes, fiz musculação ;-)
não morreu, não parou
mirrou, ficou minúsculo,
mas depois cresceu
com os teus olhos, os teus beijos, no teu céu
tomou fôlego, ruborizou
dá-me a tua mão,
devagar, um passo depois do outro,
não queremos que isto nasça torto!

Não tenhas medo
olha em frente
acordámos na aurora nova que resplandece
deixou de ser segredo
se quiseres acreditar
na tua estrela daqui em diante
na flor frágil que luta e cresce
que se agarra serôdia à terra
fora de tempo
como uma bela quimera
que nem a traição nem o vento
hã-de conseguir arrancar.
A nossa alma. O nosso Amor.


JLC310807

5 comentários:

Anónimo disse...

Quem é esta alma viandante, que por aqui vai passando, mas que só agora escreve? Uma pista...azimut ao sul. Por agora apenas digo:as tuas palavras continuam a ser inspiradoras...
Um beijo

Alexandre Gaspar Weytjens a.k.a. José Lus Correia disse...

Oh alma viandante, não temas os teus passos e as tuas inspirações, e revela-te que o autor gosta de conhecer os seus leitores.

Anónimo disse...

Azimut sul...

Alexandre Gaspar Weytjens a.k.a. José Lus Correia disse...

tenho a bússola avariada :-(

Anónimo disse...

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