sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Luxemburgueses discutem substituição da bandeira tricolor pelo estandarte com leão vermelho

Erupção cutânea ou sedativo?

Apesar da forte ades ão ao leão vermelho por parte da população autóctone e até da comunidade portuguesa, muitos são ainda aqueles que, nacionais ou não, se mostram dubitativos em relação à alteração de bandeira. Por consi derarem que o brasão e a bandeira devem ser dois emblemas bem distintos; ou por não desejarem que o país seja o único da UE a arvorar um brasão medieval como bandeira nacional, numa é poca em que se constrói a Europa das Nações.


Enquanto o primeiro-ministro luxemburguês qualifica a proposta de "simpática", não a considerando, no entanto, uma questão fundamental nem uma prioridade para o país, na recente Conferência Nacional para Estrangeiros alguns participantes mostraram preocupação, temendo que este "entusiasmo” derive de nacional para "nacionalista”.

Pareceu-me sobretudo intempestivo o facto de a proposta de Michel Wolter ter surgido apenas quatro meses depois d a exagerada "problemática das bandeiras", que tanta tinta fez correr nos jornais durante o últim o Campeonato Mundial de Futebol (Junho/Julho de 2006), e exactamente um mês após aapresentação do projecto-lei da dupla nacionalidade de Luc Frieden (4 de Setembro de 2006). Preocupa-me que a iniciativa, sob o argumento de um desejo de diferenciação com a bandeira holandesa, seja um a erupção cutânea de afirmação nacional. A não ser que se trate de uma acção concertada entre líderes do partido no poder para tranquilizar os autóctones de que, por mais que muitos temam que a lei de Frieden seja uma forma de "dar ao desbarato” a nacionalidade luxemburguesa, a nação continuará inteira e íntegra.

José Luís Correia (in Contacto, 02.05.07)


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