sebenta de anotações esparsas, pensamentos ociosos, reflexões cadentes, poemas difusos, introspecções de uma filosofia mais ou menos opaca dos meus dias (ou + reminiscências melómanas, translúcidas, intra e extra-sensoriais, erógenas, esquizofrénicas ou obsessivas dos meus dias)
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cahier de notes éparses, pensées oisives, réflexions filantes, poèmes diffus, introspections d'une philosophie plus ou moins opaque de mes journées (ou + de réminiscences mélomanes, translucides, intra-sensorielles et extra-sensorielles, érogènes, schizophrènes ou obsessionnelles de mes journées)

quarta-feira, 5 de julho de 2006

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luzes mortas que me penetram, passageiros petrificados, soltos os capuzes e os lábios despertos, espero o vento morno na nuca, virás para alem do mar?, e eu reconhecerei o teu sorriso?, o ganges ainda corre?, e as nuvens atormentadas?

adornos incontornáveis a que tento escapar, tento fugir ao pântano que teima em me atrair, as sombras que me assombram, os teus dedos acalentam-me, cobres-me com o teu corpo, sossegas a minha intranquilidade, terias feito bem ao bernardo

sim, quero acreditar nos dados, no tapete verde, nos números, sai o 9, volto a jogar, o 1 gira até esbarrar contra a tabela, ganhei? tens a certeza? pensas que jogo todos os dias? apenas na tua roleta russa, meu amor!

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