O Le Monde destacou que mais do que ser uma “estrela da arte contemporânea, como Damien Hirst, Jeff Koons ou Maurizio Cattelan”, o artista chinês converteu-se no “arauto de uma nova dissidência que se expressa, sobretudo, através da Internet”.
“Como os anónimos de Tunis e do Cairo, os ‘indignados’ de Madrid ou Wall Street, Ai Weiwei representa, à sua maneira, lúdica e rebelde, o impulso que leva um homem sem qualidade a converter-se no sujeito da sua própria história”, resumiu o jornal.
O artista chinês realizou este ano uma exposição na Modern Tate de Londres e em abril foi detido quando se preparava para deixar a China, tendo ficado preso durante três meses, o que desencadeou uma onda de indignação e de solidariedade por todo o mundo.
Em outubro, Ai Weiwei, 54 anos, foi eleito a personalidade do ano mais influente do mundo da arte pela revista britânica Art Review.
Em 2010, o Le Monde elegeu o australiano Julian Assange, fundador do portal Wikileaks, como figura do ano. Um ano antes, em 2009, foi o ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva quem inaugurou a distinção anual do diário francês.
Sem comentários:
Enviar um comentário